O Senhor, que é a Sabedoria encarnada,
ajuda-nos hoje a compreender que o bem e o mal não se podem identificar com
territórios definidos ou determinados grupos humanos: Estes são os bons, este
são os maus.
Ele diz-nos que a linha de fronteira entre o
bem e o mal passa pelo coração de cada pessoa, passa pelo coração de cada
um de nós, ou seja: somos todos pecadores.
Sinto vontade de vos perguntar: Quem não é pecador
levante a mão. Ninguém! Porque todos o somos, somos todos pecadores.
Jesus Cristo, com a sua morte na cruz e a sua
ressurreição, libertou-nos da escravidão do pecado e concedeu-nos a graça de
caminhar rumo a uma nova vida; mas com o Batismo concedeu-nos também a
Confissão, porque temos sempre necessidade de ser perdoados dos nossos pecados.
Olhar sempre e unicamente para o mal que está fora de nós, significa não querer
reconhecer o pecado que está também em nós.
E depois Jesus ensina-nos um modo diverso de
olhar para o campo do mundo, de observar a realidade. Somos chamados a aprender
os tempos de Deus — que não são os nossos tempos — e também o “olhar” de Deus:
graças à influência benéfica de uma expectativa trepidante, aquilo que era joio
ou parecia joio, pode tornar-se um produto bom. É a realidade da conversão. É a
perspectiva da esperança!
Que a Virgem Maria nos ajude a colher na
realidade que nos circunda não só a sujidade e o mal, mas também o que é bem e
bom; a desmascarar a obra de Satanás, mas sobretudo a confiar na ação de Deus
que fecunda a história.
Papa Francisco – 23 de
julho de 2017
Hoje celebramos:
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