Hoje vamos refletir
sobre a síndrome de Jonas: uma grave doença que hoje ameaça os cristãos, que os
faz sentir perfeitos e limpos como acabados de sair da lavandaria.
Jesus começa
chamando um grupo de pessoas “geração malvada”. É uma palavra que quase parece
um insulto: esta é uma geração malvada. É muito forte! Jesus tão bom, humilde,
manso, mas pronuncia esta palavra. Todavia, certamente ele não se referia às
pessoas que o seguiam; mas aos doutores da lei, a quantos tentavam pô-lo à
prova, fazê-lo cair na armadilha. Eram pessoas que pediam sinais e provas. E
Jesus responde que o único sinal que lhes será dado é o sinal de Jonas.
Mas qual é o sinal
de Jonas? Antes de explicar este sinal, vamos refletir sobre outro pormenor que
se deduz da narração evangélica: a síndrome de Jonas, que o profeta tinha no
seu coração. Ele, não queria ir a Nínive e fugiu para a Espanha. Pensava que
tinha as ideias claras: a doutrina é esta, deve-se crer nisto. Se eles são
pecadores, que se arranjem; eu não tenho nada com isso! Esta é a síndrome de
Jonas. E Jesus condena-a, e os que agem assim são chamados hipócritas.
Não querem a
salvação daquelas pobres pessoas. Deus diz a Jonas: pobrezinhos, não distinguem
a direita da esquerda, são ignorantes e pecadores. Mas Jonas continua a
insistir: eles querem justiça! Eu observo todos os mandamentos; que façam o
mesmo.
Jonas
esteve dentro da baleia por três dias e três
noites, referência a Jesus no sepulcro – a sua morte e ressurreição –, e aquele
é o sinal que Jesus promete contra a hipocrisia, contra esta atitude de
religiosidade perfeita, contra esta atitude de um grupo de fariseus.
Eis a síndrome de
Jonas que atinge os que não têm zelo pela conversão das pessoas, procuram uma
santidade uma santidade de lavandaria, isto é, bem engomada, bem feita, mas sem
o zelo que nos leva a anunciar o Senhor. Recordemos que o Senhor diante desta
geração, doente da síndrome de Jonas, promete o sinal de Jonas.
Papa Francisco - 14 de outubro de 2013
Hoje celebramos:
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