Jesus volta a
Nazaré, vai à sinagoga e como era costume, e começa a ensinar. O texto diz que
as pessoas olhavam para ele, estavam admiradas — que bom, o que diz, que bom —
estavam contentes. Mas, prosseguiu, nunca falta um mexeriqueiro que começa a
dizer este é o filho do carpinteiro, o que nos ensina, em qual universidade
estudou? — Sim, é o filho de José. E assim, começaram a trocar as opiniões e a
atitude das pessoas muda: querem matá-lo. Passa-se da admiração, do espanto, para
a vontade de o matar.
O fato, é que
também eles que estavam na sinagoga de Nazaré queriam o espetáculo por parte de
Jesus e com efeito diziam que faça alguns milagres, como dizem que fez na
Galileia, e nós acreditaremos. Eis, ao contrário, que Jesus explica como estão
as coisas: Em verdade vos digo: nenhum profeta é bem aceite na sua pátria.
Na realidade, nós
não queremos dizer que algum de nós pode corrigir-nos: deve vir alguém com o
espetáculo para nos corrigir. Mas a religião não é um espetáculo, a fé não é um
espetáculo: é a palavra de Deus e o Espírito Santo que age nos corações.
A Igreja hoje
convida-nos a mudar o modo de pensar, o estilo de pensar. A ponto que poderás
recitar o Credo inteiro inclusive todos os dogmas da Igreja, mas se não o
fizeres com o espírito cristão de nada serve. Porque não só é importante o que
penso mas o modo como penso. Então, perguntemo-nos com qual espírito pensamos:
com espírito cristão ou com espírito mundano? E o mesmo pensamento tem um valor
muito diverso tanto de um lado como do outro.
Eis a importância
da conversão do pensamento, do pensar como cristão. E o Evangelho está cheio
disto: por exemplo quando Jesus diz continuamente foi-vos dito aquilo, mas eu
digo-vos isto muda o estilo do pensamento. Acontece o mesmo quando diz ao povo,
falando dos doutores da lei, fazei o que vos dizem mas não o que fazem;
acreditai em tudo o que vos ensinam mas não no seu modo de acreditar.
Precisamente esta é a conversão do pensamento.
Com qual espírito
eu penso? Com o espírito do Senhor ou com o espírito próprio, o espírito da
comunidade, do grupinho, da classe social ou do partido político ao qual
pertenço? Com qual espírito eu penso? Desta forma, verificando se penso deveras
com o espírito de Deus, devo pedir a graça de discernir quando penso com o
espírito do mundo e quando penso com o espírito de Deus. E por isso, é
importante pedir a Deus também a graça da conversão do pensamento.
Papa Francisco – 05
de março de 2018
Hoje celebramos:
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