Narra o Evangelho que Jesus
percorria as cidades e as aldeias. Contemplando a multidão, encheu-Se de
compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor.
Disse, então, aos seus discípulos: “A messe é grande, mas os trabalhadores são
poucos. Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a
sua messe”.
Estas palavras causam-nos
surpresa, porque todos sabemos que, primeiro, é preciso lavrar, semear e
cultivar, para depois, no tempo devido, se poder ceifar uma messe grande.
Jesus, ao invés, afirma que a messe é grande. Quem trabalhou para que houvesse
tal resultado? A resposta é uma só: Deus.
Evidentemente, o campo de que
fala Jesus é a humanidade, somos nós. E a ação eficaz, que é causa de muito
fruto, deve-se à graça de Deus, à comunhão com. Assim a oração, que Jesus pede
à Igreja, relaciona-se com o pedido de aumentar o número daqueles que estão ao
serviço do seu Reino. São Paulo, que foi um destes colaboradores de Deus,
trabalhou incansavelmente pela causa do Evangelho e da Igreja. Com a
consciência de quem experimentou, pessoalmente, como a vontade salvífica de
Deus é imperscrutável e como a iniciativa da graça está na origem de toda a
vocação, o Apóstolo recorda aos cristãos de Corinto: Vós sois o seu [de Deus]
terreno de cultivo (1 Cor 3, 9).
Por isso, do íntimo do nosso
coração, brota, primeiro, a admiração por uma messe grande que só Deus pode
conceder; depois, a gratidão por um amor que sempre nos precede; e, por fim, a
adoração pela obra realizada por Ele, que requer a nossa livre adesão para agir
com Ele e por Ele.
Papa Francisco – 11 de
maio de 2014
Hoje celebramos:
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