sexta-feira, 6 de julho de 2018

06 de julho - Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: 'Segue-me!' Mt 9,9


Este trecho do Evangelho narra a conversão de Mateus: como o Senhor o chamou, o escolheu para o seguir.
Antes de tudo o encontro: Jesus tinha acabado de curar um paralítico e quando estava para ir embora — talvez para sair, estavam à porta os cobradores de impostos — encontrou este homem chamado Mateus. E o Evangelho diz, precisamente, que Jesus viu um homem chamado Mateus — e onde estava aquele homem? — sentado no banco dos impostos. Afinal Mateus era um dos que faziam pagar os impostos ao povo de Israel, para os dar aos romanos: um traidor da pátria. A ponto que estes homens eram desprezados.

E Mateus, sente que Jesus olha para ele e lhe diz: “segue-Me”. E ele levantou-se e seguiu-o. Mas o que aconteceu? O que convenceu Mateus a seguir o Senhor? Trata-se da força do olhar de Jesus que certamente olhou para ele com muito amor, muita misericórdia: aquele olhar de Jesus misericordioso significava: Segue-me, vem.

Face a este olhar eis que a resistência daquele homem que queria dinheiro — era totalmente escravo do dinheiro — cedeu. Com efeito, o Evangelho diz-nos que Mateus se levantou e o seguiu.

Na perspectiva desta luta entre a misericórdia e o pecado, é importante questionar-se: Como entrou o amor de Jesus no coração daquele homem? Por que porta pôde entrar? O fato é que, aquele homem sabia que era pecador: sabia que não era amado por ninguém, e até era desprezado. Precisamente aquela consciência de ser pecador abriu a porta à misericórdia de Jesus: deixou tudo e foi embora. Eis o encontro entre o pecador e Jesus: 

Todos os pecadores que encontraram Jesus tiveram a coragem de O seguir, mas se não se sentissem pecadores não O podiam seguir. Por este motivo, a primeira condição para ser salvo é sentir-se em perigo; a primeira condição para ser curado é sentir-se doente. Por conseguinte, sentir-se pecador é a primeira condição para receber este olhar de misericórdia. E mais, pensemos no olhar de Jesus: tão belo, tão bom, tão misericordioso, e também nós, quando rezamos, sintamos este olhar sobre nós: é o olhar do amor, o olhar da misericórdia, o olhar que nos salva e nos sugere para não ter medo.


Papa Francisco - 21 de setembro de 2017

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