quarta-feira, 4 de julho de 2018

04 de julho - Então a cidade toda saiu ao encontro de Jesus. Quando o viram, pediram-lhe que se retirasse da região deles. Mt 8,34

Como sigo Jesus? É a simples pergunta que cada cristão deveria fazer para compreender se a sua fé é autêntica e sincera, ou de qualquer forma interesseira.

Com efeito, o risco consiste em enfraquecer a própria adesão a Cristo com os cálculos da conveniência. Existem dois possíveis caminhos que se abrem diante de qualquer batizado: a do protomártir Estêvão que, cheio de graça e de Espírito Santo agia sem pesar as consequências das suas escolhas, e a da multidão que se deixava conquistar pelos milagres.

Portanto, há diversos modos, formas de seguir Jesus. De fato, as pessoas que tinham acabado de assistir ao milagre da multiplicação dos pães, seguiam Jesus não só porque tinham fome da palavra de Deus e sentiam que Jesus chegava ao coração, aquecia o coração, mas também porque Jesus fazia alguns milagres; seguiam-nos ainda para ser curados, para ter alguma visão nova da vida. A ponto que, noutro trecho do evangelho Jesus admoesta: Se não virdes milagres e prodígios, não credes. Como a querer sublinhar que o importante não são os milagres; mas a palavra de Deus, a fé. Por conseguinte, Jesus louva as pessoas que se aproximam dele com fé. Com efeito, àquele pai que pediu a cura do filho, disse: Tudo é possível àquele que crê.

Por conseguinte, a multidão, que seguia Jesus para o ouvir, depois da multiplicação dos pães, queria até torná-lo rei. Mas, ele retirou-se sozinho, para rezar. Resumindo a narração evangélica, o que acontece com as pessoas que procuram o Senhor e o encontram, no dia seguinte, na outra margem do lago. Qual é a razão desta busca insistente? Também para ouvir Jesus, mas sobretudo por interesse. Com efeito, o Senhor admoesta imediatamente: Em verdade, em verdade vos digo: buscais-me, não porque vistes os milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados.

Eles não são os únicos no Evangelho a ter esta atitude. Recordemos, por exemplo, o episódio do endemoninhado de Gerasa, no qual os guardadores, quando viram que devido àquele milagre tinham perdido os porcos, fizeram o cálculo e disseram: Sim, sim: este faz milagres, mas a nós não convém; perdemos dinheiro com ele, e disseram-lhe gentilmente: Vai-te embora, volta para a tua casa. Ou podemos lembrar os dez leprosos, que depois de serem curados se foram embora, mas só um deles regressou para agradecer: os outros tinham obtido a cura e assim esqueceram-se de Jesus.

Diante de uma fé condicionada pelo interesse, Jesus repreende e diz: Trabalhai, não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece até à vida eterna, e que o Filho do homem vos dará. O alimento é a palavra de Deus e é o amor de Deus.

Papa Francisco - 16 de abril de 2018

Hoje celebramos

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