A palavra para o nosso dia de hoje, é pequenez. Deus ama
a nossa pequenez e por isso nos escolheu, e ele escolhe os pequeninos: não os
grandes, os pequeninos. Além disso, ele revela-se aos pequeninos: “Escondeste estas coisas aos sábios e aos
entendidos e as revelaste aos mais pequeninos”.
Por conseguinte, ele
revela-se aos pequeninos: se quiseres compreender algo do mistério de Jesus,
abaixa-te: torna-te pequenino, reconhece o teu nada. Mas Deus não só escolhe e
se revela aos pequeninos; ele chama os pequeninos: “vinde a mim, vós, que
estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”.
Dirige-se aos mais
pequeninos devido a sofrimentos, cansaço. Eis então que Deus escolhe os
pequeninos, revela-se aos pequeninos e chama os pequeninos.
Poder-se-ia
objetar: Mas por que não chama os grandes?
A resposta é clara:
O seu amor é aberto, mas os grandes não conseguem ouvir a voz porque estão cheios
de si mesmos. Ao contrário, para ouvir a voz do Senhor é preciso fazer-se
pequenino.
Assim, chegamos ao
mistério do coração de Cristo. Há quem diga: Mas o coração de Cristo, sim, está
bem, é uma pequena imagem para pessoas devotas. Absolutamente não: o coração de
Cristo, o coração trespassado de Cristo, o coração da revelação, o coração da
nossa fé porque ele se fez pequenino, escolheu este caminho. A este propósito, Paulo
usa as seguintes expressões: Abaixou-se, humilhou-se a si mesmo, aniquilou-se
até à morte e morte de cruz. E esta é uma escolha rumo à pequenez para que a
glória de Deus se possa manifestar.
É esta a nossa fé.
E se não acreditamos neste mistério, somos teístas: acreditamos em Deus, sim; e
em Jesus, sim! Jesus é Deus? Sim! Mas é este o mistério, é esta a manifestação,
é esta a glória de Deus. Por conseguinte, prosseguiu, fidelidade na escolha, na
ligação, e pequenez também para si mesmo: tornar-se pequenino, aniquilar-se.
Por isso, o problema da fé é o fulcro da nossa vida: podemos ser muito
virtuosos, mas com nenhuma ou com pouca fé; devemos começar por aqui, pelo mistério
de Jesus Cristo que nos salvou com a sua fidelidade.
Papa Francisco - 23 de junho de 2017
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