segunda-feira, 16 de julho de 2018

16 de julho - Beata Ermengarda de Chiemsee


A Beata Ermengarda, fundadora do mosteiro de Frauenwörth, nasceu em Ratisbona no ano 833 e morreu aos 33 anos de idade, em 866. Bisneta do Imperador Carlos Magno.
Ermengarda teve três irmãs e dois irmãos. Junto com suas irmãs, foi educada no mosteiro de Buchau. Mais tarde se tornou beneditina e foi-lhe confiada a abadia beneditina de Frauenwörth, localizada em uma ilha do Lago Chiemsee na Bavária, da qual ela se tornou a primeira abadessa e foi notável por sua de piedade.

É de notar que ao contrário do que muitas vezes aconteceu nas famílias nobres da época, quando soberanas, princesas e damas da nobreza, depois de uma experiência como governantes, esposas, mães, ao enviuvarem deixavam o reino e a família para se retirarem em mosteiros, muitas vezes fundados por elas mesmas, onde começavam uma nova vida espiritual tornando-se frequentemente abadessas, a Beata Ermengarda era uma jovem virgem que desde a mais tenra infância desejou uma vida de clausura, evitando os prazeres da corte imperial.

Ela morreu com apenas 33 anos, em 16 de julho em 866, em Frauenwörth, e repousa na capela do mosteiro. Na primeira elevação de suas relíquias lhe foi reconhecido o título e o culto de Beata. O decreto de confirmação de seu culto ocorreu em 19 de dezembro de 1928, pelo Papa Pio XI.

A Beata Ermengarda deixou uma estrela contínua que as trevas das épocas não puderam apagar. Durante a secularização, quando as portas dos conventos se fecharam, os habitantes de Chiemgau viram luzes que se moviam pelas imediações do lugar. Diziam que era uma procissão da Beata Ermengarda.

Atualmente somente se conserva uma parte da dupla portada do convento, contendo ao fundo as pinturas de anjos e os ossos da Beata. Essas duas coisas que restaram nos dizem muitas coisas.

Ao fundar o convento, Ermengarda o dispôs para o serviço da Fé, queria que o reino de Deus se estendesse pelo mundo. Os afrescos dos anjos nos recordam que desde as suas mais remotas origens a vida monástica tinha os anjos como modelo: olhar a face de Deus, estar em diálogo com Ele e glorificá-Lo com cantos harmoniosos de louvor. Os anjos se distinguem porque voam e porque cantam. Voam porque são ágeis e podem alçar-se às alturas porque estão esquecidos de seu peso e de sua importância. 

E quanto aos restos mortais de Ermengarda, segundo especialistas declararam ao analisarem seus ossos, ela morreu aos 34 anos e padecia de artrite, apesar de sua juventude, como a maioria de seus parentes. Ao tomar conhecimento de sua morte tão prematura, e daquela doença que havia suportado, podemos ter uma ideia de sua vida, seus cansaços, suas dores. Quanto ela deve ter sofrido entre os muros tão frios e no coro durante as orações das horas noturnas nos longos invernos!


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