Quando recitamos o Credo
dizemos: “Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica”. Não sei se vocês
já refletiram sobre o significado que tem a expressão “a Igreja é apostólica”.
Talvez qualquer vez, vindo a Roma, vocês tenham pensado na importância dos
Apóstolos Pedro e Paulo que aqui doaram as suas vidas para levar e testemunhar
o Evangelho.
Mas é mais que isso. Professar
que a Igreja é apostólica significa destacar a ligação constitutiva que essa
possui com os Apóstolos, com aquele pequeno grupo de doze homens que Jesus um
dia chamou a si, chamou-os pelo nome, para que permanecessem com Ele e para
enviá-los a pregar.
“Apóstolo”, de fato, é uma
palavra grega que quer dizer “mandado”, “enviado”. Um apóstolo é uma pessoa que
é mandada, é enviada a fazer alguma coisa e os Apóstolos foram escolhidos,
chamados e enviados por Jesus para continuar a sua obra, para orar – é o
primeiro trabalho de um apóstolo – e, segundo, anunciar o Evangelho.
Isso é importante porque
quando pensamos nos Apóstolos poderíamos pensar que foram somente anunciar o
Evangelho, fazer tantas obras. Mas nos primeiros tempos da Igreja houve um
problema porque os Apóstolos deviam fazer tantas coisas e então formaram os
diáconos, para que houvesse para os Apóstolos mais tempo para pregar e anunciar
a Palavra de Deus.
Quando pensamos nos sucessores
dos Apóstolos, os Bispos, incluindo o Papa, porque ele também é um bispo,
devemos perguntar-nos se este sucessor dos Apóstolos primeiro reza e depois se
anuncia o Evangelho: isto é ser Apóstolo e por isto a Igreja é apostólica.
Todos nós, se queremos ser apóstolos como explicarei agora, devemos
perguntar-nos: eu rezo pela salvação do mundo? Anuncio o Evangelho? Esta é a
Igreja apostólica! É uma ligação constitutiva que temos com os Apóstolos.
Papa Francisco – 16 de
outubro de 2013
Hoje celebramos:
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