quinta-feira, 17 de maio de 2018

17 de maio - Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra. Jo 17,20


Jesus reza: “Elevou os olhos ao céu, orou”. Jesus rezou por todos, não orou só pelos discípulos que estavam à mesa com ele, mas por todos. Com efeito, escreve João: “Não rogo só por estes, mas também por aqueles que crerem em mim, através da sua palavra”. Isto quer dizer, que Cristo reza por nós: orou por mim, por ti e por cada um de nós.

E não cessou: Jesus continua a fazê-lo no céu, como intercessor. É importante compreender o que Jesus pede neste momento ao Pai: “Para que todos sejam um só; como tu, Pai, estás em mim e eu em ti”, que também eles estejam em nós. Com efeito, Ele crê e reza pela unidade, pela unidade dos crentes, das comunidades cristãs. Mas pensa numa unidade como é aquela que ele tem com o Pai, e o Pai com ele: uma unidade perfeita. E assim conclui a sua prece, segundo o Evangelho de João: “Para que o mundo creia que tu me enviaste”.

Eis porque a unidade das comunidades cristãs e das famílias cristãs é o testemunho de que o Pai enviou Jesus. Estou consciente de que uma das coisas mais difíceis talvez seja chegar à unidade numa comunidade cristã, numa paróquia, num episcopado, numa instituição cristã, numa família cristã. Infelizmente, a nossa história, a história da Igreja faz-nos envergonhar muitas vezes: fizemos guerras contra os nossos irmãos cristãos, pensemos numa, na guerra dos trinta anos.

Mas Jesus diz outra coisa: “Se os cristãos fazem guerra entre si é porque o Pai não enviou Jesus, não há testemunho”. Por nossa vez, devemos pedir muito perdão ao Senhor por esta história; uma história muitas vezes de divisões e não só no passado mas também hoje. E o mundo vê que estamos divididos e diz: “Que eles se ponham de acordo, depois veremos, mas como, Jesus ressuscitou e está vivo, e os seus discípulos não se põem de acordo?”. Nem sequer na Páscoa estamos unido. A tal ponto que, certa vez, um cristão católico perguntava a um cristão do Oriente, também ele católico: “O meu Cristo ressuscita depois de amanhã, e o teu quando?”

É preciso dirigir-se ao Senhor a fim de que nos dê a graça, o dom que faz a unidade: o Espírito Santo. Que Ele nos conceda este dom que faz a harmonia, porque Ele é a harmonia, a glória das nossas comunidades. E que nos dê a paz, mas com a unidade. Por isso, peçamos a graça da unidade para todos os cristãos, a grande graça e a pequena graça de cada dia para as nossas comunidades e famílias. E inclusive a graça de pôr o freio na língua!

Papa Francisco – 12 de maio de 2016

Hoje celebramos:
Santo Pascal Baylon
Santa Julia Salzano
Beata Antonia Mesina


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