sábado, 5 de maio de 2018

05 de maio - Nossa Senhora da Adoração


Fivizzano é uma cidade da Toscana cujos cidadãos veneram Maria, Mãe de Deus com o título de Nossa Senhora da Adoração, seguindo a grande fé de uma mulher doente por 18 anos, a quem a imagem milagrosa apareceu de repente, curando-a.

Uma mulher humilde chamada Margherita, vive sua vida simples e comum como mãe de família e esposa quando de repente fica doente. Pensa-se em uma daquelas doenças habituais das que depois se esquece, mas os dias passam, as semanas e Margherita não tem nenhuma melhora. Os médicos não podem determinar a natureza da enfermidade; os tratamentos não chegam a nada. A paciente fica imóvel em sua cama, incapaz de recuperar sua força e poder levantar-se. A história desperta profunda piedade onde quer que se falasse dela, seu caso infeliz, e começou uma longa peregrinação de pessoas que vêm para saudar e consolar a pobre enferma. Então, a indiferença gradualmente assumiu. A esperança de cura desapareceu e, ano após ano, as visitas vão se tornando menos frequentes. Apenas alguns vizinhos locais e alguns conhecidos afetuosos vêm para fazer companhia a ela e prestar-lhe algum serviço. O mundo continua seu ritmo de vida e Margherita está sempre na sua solidão, ciente de sua dor e seu estado infeliz. Ora e espera, no leito de seus sofrimentos.

Após dezoito anos desta doença e solidão, chega aos seus ouvidos a notícia de que em Reggio Emilia, em um local deserto, chamado "La Ghiara" é venerada uma imagem de Nossa Senhora que dispensa graças e favores extraordinários. A confiança da enferma é revivida; ela está certa de que Nossa Senhora também lhe concederá sua graça.

Nesse estado de espírito, um dia ela vê a porta aberta; é Nicola Vaseschi, um vizinho e amigo que, tendo que ir a Reggio a negócios, veio perguntar, por cortesia e não por convicção, se Margherita precisava de alguma coisa. A doente vê nesta visita a inspiração do céu e responde imediatamente:

“Traga-me uma imagem da Madonna della Ghiara”.

Alguns dias depois, precisamente no dia 5 de maio de 1596, Vaseschi retorna, e Margherita pergunta a ele: "E a imagem?"

Da angústia da enferma, o pobre homem compreende a gravidade de seu esquecimento, e confuso, sua cabeça se curva num sussurro: "Margherita, esqueci!"

A mulher doente que, na pressa do desejo, ao ver Vaseschi, levantou-se ligeiramente, recostou-se nas almofadas, com os olhos cheios de lágrimas e, com um gesto de invocação, dirigiu o olhar para o céu. Maravilha! Uma imagem imensa da Madonna está pendurada no teto: a imagem muito desejada. É a Madonna della Ghiara, no doce ato de adorar o Filho, com lindíssimas flores a seus pés.

Margherita lança um grito e sente uma nova vitalidade em seus membros. De repente, a elasticidade dos movimentos voltou para ela. Ela sai da cama e de joelhos, braços estendidos para a imagem, exclama: “Estou curada, estou curada!”

Lágrimas fluem abundantemente de seus olhos. Depois de dezoito anos de imobilidade e doença, ela agora está fora da cama, saudável e forte, como antes.

A notícia se espalha em um flash e as pessoas correm. Naquela sala humilde, testemunha por muitos anos das dores da pobre enferma, agora curada, começa a primeira fervorosa veneração daquela Imagem, que chega até os dias atuais. A Madonna chamada pelos habitantes de Fivizzano "Madonna di Reggio" é liturgicamente venerada sob o título de "Nossa Senhora da Adoração", pela atitude de adoração com que Maria se dirige a seu Filho.

A devoção popular é muito difundida e sentida; cada casa tem sua própria imagem, colocada nos frontões e nos quartos. Isso acontece na Via Giulia, em Fivizzano, onde agora não há mais a casa humilde de Margherita, mas onde uma pequena capela surgiu em memória desse milagre. Atualmente, a imagem sagrada de Nossa Senhora da Adoração é colocada no altar principal do Santuário dedicado a ela na igreja da cidade, na Piazza Medicea.

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