sexta-feira, 6 de setembro de 2019

06 de setembro - Os discípulos de João, e também os discípulos dos fariseus, jejuam com frequência e fazem orações. Mas os teus discípulos comem e bebem. Lc 5,33


Por que motivo nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?
Por quê? Porque, para vós, o jejum pertence à lei e não é um dom espontâneo. Ora, em si mesmo, o jejum não tem valor; o que conta é o desejo de quem jejua. Que proveito pensais ganhar jejuando contrariados e forçados? O jejum é um arado maravilhoso para lavrar o campo da santidade: converte os corações, desenraiza o mal, arranca o pecado, enterra o vício, semeia a caridade; mantém a fecundidade e prepara a colheita da inocência. Os discípulos de Cristo estão colocados no coração do campo maduro da santidade: recolhem molhos de virtudes e gozam do Pão da nova colheita; por conseguinte, não podem praticar jejuns doravante prescritos.

Por que motivo […] os teus discípulos não jejuam? O Senhor responde-lhes: Podem os companheiros do esposo ficar de luto, enquanto o esposo estiver com eles? Aquele que toma mulher põe o jejum de lado, abandona a austeridade; entrega-se totalmente à alegria, participa nos banquetes; mostra-se afetuoso, delicado e alegre: faz tudo o que a sua afeição pela esposa lhe inspira. Cristo celebrava as suas núpcias com a Igreja: por isso, tomava parte nas refeições, não recusava convites; cheio de benevolência e de amor, mostrava-Se humano, acessível, amável. É que Ele desejava unir o homem a Deus, e fazer dos seus companheiros membros da família divina.

São Pedro Crisólogo (406-450), bispo de Ravena

Hoje celebramos:
            Beato Bertrand de Garringues



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