Todo cristão deve fazer um esforço diário para
procurar vencer a tentação da mundanidade, do sentir-se superior aos outros.
No Evangelho observamos os discípulos. Eram
bons, queriam seguir o Senhor, servir o Senhor. Mas não sabiam que o caminho do
serviço ao Senhor não era tão fácil, não era como se alistar numa entidade,
numa associação de beneficência. E tinham medo disto. Por outro lado, sentiam a
tentação da mundanidade.
Mas, não era uma tentação só deles: Desde que a
Igreja nasceu até hoje, isto aconteceu, acontece e acontecerá. Sucede por
exemplo nas paróquias onde há sempre lutas e pode-se ouvir alguém dizer: Quero
ser presidente desta associação, fazer carreira; ou então: Quem é o maior
aqui? Quem é o maior desta paróquia? Não, eu sou mais importante do que
este, e aquele não porque se comportou mal... Tentação da mundanidade da qual
parte a corrente dos pecados como falar mal do outro ou os mexericos, que são
coisas úteis para o sucesso.
A missão é servir o Senhor, mas depois o
verdadeiro desejo, muitas vezes, impele-nos pela via da mundanidade para sermos
mais importantes. E pode haver a desilusão, como aconteceu com os discípulos de
Jesus que se calaram primeiro por temor e depois por vergonha.
A santa vergonha! Peçamos ao Senhor sempre a
graça de nos envergonharmos, quando nos encontramos nestas situações.
O critério de escolha para as nossas ações,
diante de certas tentações, é explicado por Jesus no mesmo trecho evangélico: Sentando-se,
chamou os Doze e disse-lhes: Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de
todos. E apontando um menino, acrescentou: Fazei como ele. Cristo, inverte
tudo. A glória e a cruz, a grandeza e o menino...
Papa Francisco – 21 de
fevereiro de 2017
Hoje celebramos:
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