"A mensagem de
santidade que o irmão Francisco Garate Aranguren nos legou é simples e clara,
tão simples quanto sua vida como religioso imolado na meta de um centro
universitário em Deusto.
Desde a juventude,
Francisco abriu bem o coração a Cristo batendo à sua porta, convidando-o a ser
um seguidor fiel, seu amigo. Como Virgem
Maria, a quem amava ternamente como mãe, respondeu com generosidade e confiança
sem limites ao chamado da graça.
O irmão Garate viveu
sua consagração religiosa como uma abertura radical a Deus, cujo serviço e
glória foram consagrados, e onde recebeu inspiração e força para testemunhar
uma grande bondade com todos. Isso foi
confirmado por tantas pessoas que atingiram o objetivo do carinhosamente
chamado "Irmão das Cortesias" na Universidade de Deusto: estudantes,
professores, funcionários, pais de jovens residentes, pessoas em todos os tipos
e condições, que viram no irmão Garate, a atitude acolhedora e sorridente
daqueles que têm o coração ancorado em Deus.
Ele nos dá um
testemunho concreto e atual do valor da vida interior como alma de todo
apostolado e também da consagração religiosa. De fato, quando alguém se entrega a Deus e em Ele focaliza
sua própria vida, os frutos apostólicos não esperam. Do objetivo de uma casa de estudos, este coadjutor irmão
jesuíta tornou presente a bondade de Deus através da força evangelizadora de
seu serviço quieto e humilde".
Papa
João Paulo II – homilia de beatificação – 06 de outubro de 1985
O Beato Francisco Garate nasceu em Azpeitia
(Espanha) em 1857 e fez sua catequese com os jesuítas no Santuário de Loyola.
A pedido deles, foi admitido como servente no
Colégio N. S. de Orduña e ali mesmo decidiu sua vocação.
Por terem sido os jesuítas expulsos da Espanha
em 1868, foi preciso que caminhasse até Poyanne, França, para entrar no
noviciado. Dando mostras de simplicidade, maturidade e responsabilidade, fez
seus primeiros votos em 1876 e, após breve preparação, foi enviado para La
Guardia, onde foi enfermeiro e sacristão no Colégio Santiago.
Sempre alegre e paciente, era exemplo de
delicadeza e abnegação. Intensa vida de fé e oração, constante serviço ao
próximo, humildade, abnegação e mortificação foram sua marca como porteiro.
Morreu em 1929, vítima de um tumor na próstata.
Foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 1985.
“Padre, faço aquilo que posso; o resto
fá-lo o Senhor, que é quem pode tudo. Com a ajuda D´Ele tudo é leve e suave,
pois servimos a bom amo."
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