domingo, 15 de setembro de 2019

15 de setembro - ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!’ Lc 15,6


Todos nós conhecemos a imagem do Bom Pastor, que carrega sobre os ombros a ovelha tresmalhada. Este ícone representa sempre a solicitude de Jesus pelos pecadores e a misericórdia de Deus que não se resigna a perder alguém. 

A nossa parábola move-se em volta de três personagens: o pastor, a ovelha tresmalhada e o resto do rebanho. No entanto, quem age é unicamente o pastor, não as ovelhas. Portanto, o pastor é o único verdadeiro protagonista e tudo depende dele. Uma pergunta introduz a parábola: Quem de vós, possuindo cem ovelhas e tendo perdido uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até a encontrar?
Trata-se de um paradoxo que induz a duvidar do comportamento do pastor: é sábio abandonar as noventa e nove por uma única ovelha? E além disso não na segurança de um aprisco, mas no deserto? Em conformidade com a tradição bíblica, o deserto é lugar de morte, onde é difícil encontrar alimento e água, sem abrigo e à mercê das feras e dos salteadores. O que podem fazer noventa e nove ovelhas indefesas? Contudo o paradoxo continua, afirmando que o pastor, depois de ter encontrado a ovelha, a carrega sobre os ombros cheio de júbilo e, voltando para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: “Regozijai-vos comigo!
Portanto, tem-se a impressão de que o pastor não volta ao deserto para recuperar o rebanho inteiro! Orientado para aquela única ovelha, parece esquecer-se das outras noventa e nove. Mas na realidade não é assim! O ensinamento que Jesus nos quer transmitir é, ao contrário, que nenhuma ovelha se pode perder. O Senhor não pode resignar-se ao fato de que até uma única pessoa possa extraviar-se. A ação de Deus é aquela de quem vai à procura dos filhos perdidos para depois fazer festa e rejubilar com todos porque voltou a encontrá-los.
Trata-se de um desejo irrefreável: nem sequer noventa e nove ovelhas podem impedir o pastor e mantê-lo fechado no redil. Todos estamos avisados: a misericórdia pelos pecadores é o estilo com que Deus age, e a esta misericórdia Ele é absolutamente fiel: nada e ninguém poderá desviá-lo da sua vontade de salvação. Deus não descarta pessoa alguma; Deus ama todos, procura todos: um por um! Ele não conhece a expressão descartar as pessoas» porque Ele é todo amor e toda misericórdia. 

Papa Francisco – 04 de maio de 2016

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