É em Jesus que o homem se torna capaz de se
aproximar de Deus com a profundidade e a intimidade da relação de paternidade e
filiação. Com os primeiros discípulos, com confiança humilde, dirijamo-nos
então ao Mestre e peçamos-lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar”.
Sabemos que a oração não se deve dar por certa:
é preciso aprender a rezar, quase adquirindo esta arte sempre de novo; mesmo
aqueles que estão muito avançados na vida espiritual sentem sempre a
necessidade de se pôr na escola de Jesus para aprender a rezar autenticamente.
Recebemos a primeira lição do Senhor através do
seu exemplo. Os Evangelhos descrevem-nos Jesus em diálogo íntimo e constante
com o Pai: é uma profunda comunhão daquele que veio ao mundo não para fazer a
sua vontade, mas a do Pai que O enviou para a salvação do homem.
O homem de todos os tempos reza porque não
consegue deixar de se interrogar sobre o sentido da sua existência, que
permanece obscuro e desolador, se não se puser em relação com o mistério de
Deus e do seu desígnio acerca do mundo. A vida humana é um entrelaçamento de
bem e de mal, de sofrimento imerecido e de alegria e beleza, que espontânea e
irresistivelmente nos impele a pedir a Deus a luz e a força interiores que nos
socorram na terra e descerrem uma esperança que vá para além dos confins da
morte.
Papa Bento XVI – 04 de maio
de 2011
Hoje celebramos:
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