quarta-feira, 24 de julho de 2019

24 de julho - O semeador saiu para semear. Mt 13,3

Hoje Jesus dirige-se à multidão com a célebre parábola do semeador. Trata-se de uma página de certo modo autobiográfica, porque reflete a própria experiência de Jesus, da sua pregação: Ele identifica-se com o semeador, que difunde a boa semente da Palavra de Deus, e dá-se conta dos vários efeitos que ela alcança, segundo o tipo de acolhimento reservado ao anúncio.

Há quem ouve superficialmente a Palavra, mas não a acolhe; há outros que a recebem no momento, mas não têm constância e perdem tudo; há depois aqueles que são dominados pelas preocupações e seduções do mundo; e há enfim quantos ouvem de modo receptivo, como o terreno bom: aqui a Palavra produz fruto em abundância.

Mas este Evangelho insiste também sobre o método da pregação de Jesus, ou seja, precisamente sobre o uso das parábolas. Por que lhes falas mediante parábola? — perguntam os discípulos. E Jesus responde, apresentando uma distinção entre eles e a multidão: aos discípulos, isto é àqueles que já se decidiram a segui-lo, Ele pode falar do Reino de Deus abertamente, mas aos demais, ao contrário, deve anunciá-lo com parábolas, precisamente para estimular a decisão, a conversão do coração; com efeito, pela sua própria natureza as parábolas exigem um esforço de interpretação, interpelam a inteligência mas também a liberdade.

São João Crisóstomo explica: Jesus pronunciou estas palavras com a intenção de atrair a Si os seus ouvintes e de os estimular, assegurando que, se O procurarem, Ele curá-los-á.
No fundo, a verdadeira Parábola de Deus é o próprio Jesus, a sua Pessoa que, no sinal da humanidade, esconde e ao mesmo tempo revela a divindade. Deste modo, Deus não nos obriga a crer nele, mas atrai-nos a Si com a verdade e a bondade do seu Filho encarnado: Com efeito, o amor respeita sempre a liberdade.

Papa Bento XVI – 10 de julho de 2011

Hoje celebramos:


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