sexta-feira, 5 de julho de 2019

05 de julho - ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. Mt 9,13


No centro da liturgia da palavra está uma expressão do profeta Oseias que Jesus retoma no Evangelho: "Porque Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios, o conhecimento de Deus mais que os holocaustos". Trata-se de uma palavra-chave, uma daquelas que se introduzem no coração da Sagrada Escritura.
O contexto, no qual Jesus a utiliza, é a vocação de Mateus, cuja profissão é "publicano", ou seja, cobrador de impostos da parte das autoridades imperiais romanas: por isso mesmo, ele era considerado pelos judeus um pecador público.
Chamando-o precisamente quando estava sentado no banco dos impostos, Jesus apresentou-se na sua casa com os discípulos e pôs-se à mesa com outros publicanos. Aos fariseus escandalizados responde: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Porque não vim chamar os justos, mas os pecadores”.
É tão grande a importância desta expressão do profeta que o Senhor a cita novamente noutro contexto, a propósito da observância do sábado. Ainda neste caso Ele assume a responsabilidade da interpretação do mandamento, revelando-se como "Senhor" das mesmas instituições legais. Dirigindo-se aos fariseus, acrescenta: "E, se compreendêsseis o que significa: "Prefiro a misericórdia ao sacrifício", não teríeis condenado os que não têm culpa".

Então, neste oráculo de Oseias, Jesus, Verbo feito homem, reencontrou-se plenamente; fê-lo com todo o seu coração e realizou-o com o seu comportamento, mesmo à custa de ferir a susceptibilidade dos chefes do seu povo. Esta palavra de Deus chegou-nos, através dos Evangelhos, como uma das sínteses de toda a mensagem cristã: a verdadeira religião consiste no amor a Deus e ao próximo. Isto é o que dá valor ao culto e à prática dos preceitos.

Papa Bento XVI – 08 de junho de 2008

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