Filho de nobre e rica família, Pedro Crisci teve
uma juventude tempestuosa até os 30 anos, quando decidiu deixar tudo e
dedicar-se ao Senhor. Converteu-se e passou a abominar tudo aquilo que fizera
na ruidosa juventude, vendeu o que possuía, e o que apurou distribuiu aos
pobres e, nada mais restando, quis vender-se a si mesmo, prometendo a quem o
comprasse obedecê-lo em tudo.
Um senhor comprou-o, mas, tocado pela humildade
do jovem Pedro, restituiu-lhe a liberdade, impondo-lhe, como condição para tal,
que não se esquecesse jamais de pedir a Deus por si.
Vestido com um saco, Pedro de Crisci orava a
olhar para o sol, que para ele simbolizava Jesus Cristo. Banhado em suor,
enquanto não terminava as orações, não abandonava aquela postura, o que, logo,
levou os habitantes de Foligno a tê-lo como louco.
Sua casa foi a catedral de Foligno, onde ele
fez o trabalho de limpeza e viveu na torre do sino. Sua atitude chamou a
atenção da Inquisição que o sujeitou duas vezes a julgamento e em ambas as
ocasiões ele foi declarado ortodoxo.
Morto aos 19 de julho de 1323 no campanário da
catedral, que era a sua casa, foi honrado como santo quase que imediatamente
depois.
Escreveu-lhe a vida um dos bispos de Foligno, o
dominicano João Corini de São Geminiano.
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