São Quintino foi um
desses jovens romanos que começaram a pregar o Evangelho na Gália (atual França),
comunicando ao povo local os tesouros da fé que haviam recebido. A cidade de
Amiens foi o centro de seu apostolado. Os milagres que lá aconteciam
confirmavam seus ensinamentos: ele traçava o sinal da Cruz sobre os olhos dos
cegos e eles começavam a enxergar; ele fazia os mudos falarem, os surdos
ouvirem, os paralíticos caminharem.
Esses
prodígios maravilhosos atraíam a admiração de uns e a fúria de outros. Quintino
logo foi denunciado a Rictiovarus, governador romano, e conduzido diante
dele:
“Como você se chama?” Indagou-lhe o governador.
“Eu me chamo cristão. Meu pai é
senador de Roma; eu recebi o nome de Quintino.”
“O que? Como um homem de tal nobreza
pôde descer a tão miseráveis superstições?”
“A verdadeira nobreza consiste em
servir a Deus; a religião cristã não é uma superstição, ela nos eleva à felicidade
perfeita pelo conhecimento de Deus Pai Todo Poderoso e de Seu Filho, gerado
antes de todos os séculos.”
“Deixe essas maluquices e sacrifique
aos deuses!”
“Jamais! Teus deuses são demônios ;
a verdadeira loucura consiste em adorá-los.”
“Sacrifique, ou vou atormentá-lo até a
morte!”
“Eu não temo nada; você tem todo o
poder sobre o meu corpo, mas Cristo salvará a minha alma.”
Esta generosa
profissão de fé é seguida de cruéis suplícios; mas Deus sustentou Seu mártir, e
pôde-se ouvir uma voz celeste dizendo:
“Quintino,
persevere até o fim, Eu estarei sempre junto de ti.”
Ao mesmo tempo,
seus algozes sempre caíam para trás. Lançado num calabouço escuro, Quintino foi
libertado duas vezes por um Anjo, indo pregar no meio da cidade, batizando
seiscentas pessoas.
Após novos e ainda
mais cruéis suplícios, Quintino foi decapitado em Vermand, cidade que
posteriormente receberia seu nome – Saint Quentin. Aqueles que assistiam ao seu
martírio final viram sua alma voar para o Céu sob a forma de uma pomba branca.
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