segunda-feira, 8 de outubro de 2018

08 de outubro - Mas um samaritano que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. Lc 10,33


Meditemos hoje o centro da parábola do Bom Samaritano: o samaritano, isso é, justamente aquele que era desprezado, aquele em quem ninguém apostaria nada e que também tinha os seus compromissos e as suas coisas a fazer, quando vê o homem ferido, não passou além como os outros dois, que eram ligados ao Templo, mas “teve compaixão”. Assim diz o Evangelho: “Teve compaixão”, isso é, o coração, as vísceras, se comoveu! Eis a diferença.
Os outros dois “viram”, mas seus corações permaneceram fechados, frios. Em vez disso, o coração do samaritano estava sintonizado com o próprio coração de Deus. De fato, a “compaixão” é uma característica essencial da misericórdia de Deus.

Deus tem compaixão de nós. O que quer dizer? Sofre conosco, sente nossos sofrimentos. Compaixão significa “compartilhar com”. O verbo indica que as vísceras se movem e tremem diante do mal do homem.
E nos gestos e nas ações do bom samaritano reconhecemos o agir misericordioso de Deus em toda a história da salvação. É a mesma compaixão com que o Senhor vem ao encontro de cada um de nós: Ele não nos ignora, conhece as nossas dores, sabe quanto precisamos de ajuda e de consolação. É próximo a nós e nunca nos abandona.

Cada um de nós, faça-se a pergunta e responda no coração: “Eu acredito nisso? Eu acredito que o Senhor tem compaixão de mim, assim como sou, pecador, com tantos problemas e tantas coisas?” Pensar nisso e a resposta é: “Sim!” Mas cada um deve olhar no coração se tem a fé nessa compaixão de Deus, de Deus bom que se aproxima, nos cura, nos acaricia. E se nós o rejeitamos, Ele espera: é paciente e está sempre próximo a nós.
O samaritano se comporta com verdadeira misericórdia: acaba com as feridas daquele homem, leva-o para um albergue, cuida dele pessoalmente e providencia sua assistência. Tudo isso nos ensina que a compaixão, o amor, não é um sentimento vago, mas significa cuidar do outro até pagar pessoalmente. Significa comprometer-se realizando todos os passos necessários para “aproximar-se” do outro até identificar-se com ele: “amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Eis o mandamento do Senhor.

Papa Francisco – 27 de abril de 2016

Hoje celebramos:

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