terça-feira, 9 de outubro de 2018

09 de outubro - Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. Lc 10,31


O trecho de hoje é aquele de Marta e Maria. Quem são estas duas mulheres? Marta e Maria, irmãs de Lázaro, são parentes e fiéis discípulas do Senhor, que moravam em Betânia. São Lucas as descreve deste modo: Maria, aos pés de Jesus, “escutava a sua palavra”, enquanto Marta estava ocupada em muitos trabalhos. Ambas oferecem acolhimento ao Senhor que passava, mas o fazem de maneira diferente. Maria se coloca aos pés de Jesus, em escuta, Marta ao invés se deixa absorver pelas coisas que precisava preparar, e é assim ocupada em dirigir-se a Jesus dizendo: “Senhor, não se importa nada que minha irmã me deixe sozinha no serviço? Diga a ela que me ajude”. E Jesus a responde reprovando-a com doçura: “Marta, Marta, você se preocupa e se agita por muitas coisas, mas uma coisa… só é necessária”.

O que Jesus quer dizer? Qual é esta coisa só de que precisamos? Antes de tudo é importante entender que não se trata da contraposição entre duas atitudes: a escuta da palavra do Senhor, a contemplação, e o serviço concreto ao próximo. Não são duas atitudes contrapostas, mas, ao contrário, são dois aspectos ambos essenciais para nossa vida cristã; aspectos que não se separam jamais, mas vividos em profunda harmonia. Mas então por que Marta recebe a reprovação, apesar de feita com doçura? Porque considerou essencial só o que estava fazendo, era isto é absorvida demais e preocupada pelas coisas a “fazer”. Em um cristão, as obras de serviço e de caridade não são jamais separadas pela fonte principal de cada nossa ação: isto é, a escuta da Palavra do Senhor, o estar – como Maria – aos pés de Jesus, na atitude do discípulo. E por isto Marta é reprovada.

Também em nossa vida cristã, oração e ação sejam sempre profundamente unidas. Uma oração que não leva à ação concreta em direção ao irmão pobre, enfermo, necessitado de ajuda, o irmão em dificuldade, é uma oração estéril e incompleta. Mas, ao mesmo modo, quando no serviço eclesial se está atento só ao fazer, se dá mais peso às coisas, às funções, às estruturas, e se esquece da centralidade de Cristo, não se reserva tempo para o diálogo com Ele na oração, se arrisca servir a si mesmo e não Deus presente no irmão necessitado.

Papa Francisco – 21 de julho de 2013

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