segunda-feira, 29 de outubro de 2018

29 de outubro - Jesus colocou as mãos sobre ela, e imediatamente a mulher se endireitou. Lc 13,13


Hoje encontramos Jesus não pelo caminho como era seu costume, mas na sinagoga: ao sábado a comunidade vai à Sinagoga rezar, ouvir a palavra de Deus e também a pregação; e Jesus estava ali, ouvindo a palavra de Deus. Mas também ensinava, e dado que tinha autoridade — uma autoridade moral muito grande — convidavam-no a tomar a palavra, precisamente para ensinar às pessoas. E na sinagoga havia uma mulher que andava curvada, completamente curvada, pobrezinha, e não conseguia endireitar-se: uma doença da coluna que há anos a mantinha assim.

E o que fez Jesus? Surpreende-me os verbos que usa o evangelista para dizer o que fez Jesus: “viu”, viu-a; “chamou”, chamou-a, “disse-lhe”; “Impôs as mãos sobre ela e curou-a”. São cinco verbos de proximidade.
Em primeiro lugar, Jesus aproximou-se dela: a atitude do bom pastor, a proximidade.

Aliás, o bom pastor não pode estar distante do seu povo e este é o sinal de um bom pastor: a proximidade. Ao contrário, os outros, aquele pequeno grupo de clérigos, doutores da lei, alguns fariseus, saduceus, os ilustres, viviam separados do povo, repreendendo-o constantemente. Mas, eles não eram bons pastores, estavam fechados no próprio grupo e não se importavam com o povo: talvez, se importassem, quando terminava o serviço religioso, de ir ver quanto dinheiro tinha sido recolhido com as ofertas, importavam-se com isso, mas não estavam próximos do povo, não estavam próximo da gente.

Jesus está sempre ali com as pessoas descartadas por aquele pequeno grupo clerical: ali estavam os pobres, os doentes, os pecadores, os leprosos: estavam todos ali, porque Jesus tinha esta capacidade de se comover diante da doença, era um bom pastor. E um bom pastor aproxima-se e tem a capacidade de se comover.

Diria que a terceira caraterística de um bom pastor consiste em não se envergonhar da carne, tocar a carne ferida, como fez Jesus com esta mulher: “tocou”, “impôs as mãos”, tocou os leprosos, tocou os pecadores. É uma proximidade muito concreta. Portanto, tocar a carne.

O bom pastor faz o que fez Deus Pai, aproximar-se, por compaixão, por misericórdia, da carne do seu Filho, é isto que significa ser um bom pastor. E o grande pastor, o Pai, ensinou-nos como ser bons pastores: abaixou-se, esvaziou-se, esvaziou-se de si mesmo, aniquilou-se, assumiu a condição de servo.
Papa Francisco – 30 de outubro de 2017

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