segunda-feira, 1 de outubro de 2018

01 de outubro - Houve entre os discípulos uma discussão, para saber qual deles seria o maior. Lc 9,46

É bom que cada um se interrogue: Há algum carisma que o Senhor fez florescer em mim, na graça do seu Espírito, e que os meus irmãos, na comunidade cristã, reconheceram e encorajaram? E como me comporto em relação a tal dom: vivo-o com generosidade, pondo-o ao serviço de todos, ou então desleixo-me e acabo por me esquecer dele? Ou talvez se torne em mim motivo de orgulho, a ponto de me queixar sempre dos outros e de pretender que na comunidade se faça à minha maneira?
São perguntas que nós devemos fazer: se em mim existe um carisma, se tal carisma é reconhecido pela Igreja, se me sinto feliz com este carisma ou tenho um pouco de inveja dos carismas dos outros, se eu queria ou quero ter aquele carisma. O carisma é um dom: só Deus o concede!

No entanto, a experiência mais bonita é descobrir quantos carismas diversos e quantos dons do seu Espírito o Pai confere à sua Igreja! Isto não deve ser visto como um motivo de confusão e de transtorno: são todos presentes que Deus oferece à comunidade cristã, para que possa crescer harmoniosa, na fé e no seu amor, como um único corpo, o corpo de Cristo. O mesmo Espírito que confere esta diferença de carismas faz a unidade da Igreja. É sempre o mesmo Espírito.

Por conseguinte, diante desta multiplicidade de carismas, o nosso coração deve abrir-se à alegria, levando-nos a pensar: Que bonito! Tantos dons diferentes, pois somos todos filhos de Deus, e todos somos amados de um modo único!

Então, ai de nós se tais dons se tornarem motivo de inveja, de divisão, de ciúmes! Como nos recorda São Paulo, todos os carismas são importantes aos olhos de Deus e, do mesmo modo, ninguém é insubstituível. Isto quer dizer que na comunidade cristã temos necessidade uns dos outros, e que cada dádiva recebida se realiza plenamente quando é compartilhada com os irmãos, para o bem de todos.
A Igreja é assim! E quando a Igreja, na variedade dos seus carismas, se exprime em comunhão, não pode errar: é a beleza e a força do sensus fidei, daquele sentido sobrenatural da fé, que é conferido pelo Espírito Santo a fim de que, juntos, possamos entrar no cerne do Evangelho e aprender a seguir Jesus na nossa vida.

Hoje, a Igreja celebra a festa de santa Teresinha do Menino Jesus. Esta santa, que faleceu com vinte e quatro anos e amava intensamente a Igreja, desejava ser missionária, mas desejava possuir todos os carismas, e dizia: Gostaria de fazer isto, isso e aquilo, queria ter todos os carismas. Na oração, sentiu que o seu carisma era o amor! E pronunciou esta linda frase: “No coração da Igreja, serei o amor!” Mas todos nós temos este carisma: a capacidade de amar.

Peçamos hoje a santa Teresinha do Menino Jesus esta capacidade de amar intensamente a Igreja, de a amar muito e de aceitar todos os carismas com o amor de filhos da Igreja, da nossa santa mãe Igreja hierárquica.

Papa Francisco – 01 de outubro de 2014

Hoje celebramos:

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