Madre Afonsa Maria Eppinger foi beatificada na
França em 09 de setembro de 2018, a nova Beata é fundadora das Irmãs do
Santíssimo Salvador, cujo carisma é responder às aspirações das pessoas de
viver sua dignidade, na paz e na felicidade, o rito de beatificação foi presidido
pelo Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Becciu, na
Catedral de Estrasburgo, que na sua homilia fala do amor de Deus pela Beata:
A beatificação de
Elisabeth Eppinger, que passou a se chamar Afonsa Maria em honra de Santo
Afonso de Ligório, nos mostra de maneira exemplar o que significa ser
abençoado, o que significa ser abençoada. Significa tomar Jesus Cristo como uma medida de tudo, sendo
chamado de abençoado por ele mesmo e, portanto, vivendo uma proximidade
particular com ele, como claramente emerge de suas bem-aventuranças. Nas bem-aventuranças, o íntimo mistério de Jesus Cristo
resplandece. Eles são, de acordo com as belas palavras do Papa Bento XVI em seu
livro sobre Jesus de Nazaré, como "uma oculta biografia interna de
Jesus, um retrato de sua figura". De maneira semelhante, Santo
Agostinho expressou sua convicção de que somente Jesus realmente realizou
plenamente o sermão na montanha, no centro do qual estão as bem-aventuranças. Somente
nesta perspectiva cristológica o significado do discipulado no seguimento de
Jesus nasce das bem-aventuranças.
Elisabeth - como foi chamada no batismo -
nasceu em 9 de setembro de 1814, em Niederbronn Les Bains, norte da Alsácia, na
França. Era a primeira de onze filhos de uma família de camponeses. A menina
cresceu em condições de vida simples no âmbito familiar, paroquial e urbano.
Durante a sua juventude foi acometida por
diversas doenças. No entanto, Elisabeth levou uma vida de profunda
espiritualidade e suas experiências de vida a levou a ser muito conhecida entre
as pessoas, entre as quais o Padre Jean David Reichard, pároco da sua
cidadezinha natal, que, em 1823, foi testemunha ocular das suas vicissitudes;
Dom André Raess, Bispo de Estrasburgo (1842 a 1887), interessou-se,
pessoalmente, do seu caminho espiritual, tanto que foi visitar a jovem em sua
cidadezinha, e ficou persuadido de que ela tinha desígnios especiais divinos,
pois era atraída pela contemplação da Vida e Paixão de Jesus.
Elisabeth Eppinger sentiu o desejo de
consagrar-se a Deus para ajudar as pessoas nas suas necessidades físicas e
morais. Durante 1848, foi-lhe dada a graça de compreender que devia fundar um
Instituto religioso, com a ajuda do seu Pároco, de profunda fé. De fato, ele se
mobilizou para que este projeto de amor fosse aprovado pelo Bispo.
Por isso, Elisabeth Eppinger continuou sua obra
de fazer conhecer o amor de Deus, em um contexto de confusão social e política
do século XIX. Assim, comprometeu-se para responder às aspirações profundas das
pessoas de viver sua dignidade, na paz e na felicidade. A sua obra deu origem a
uma primeira comunidade religiosa, que teve início em 28 de agosto de 1849, com
várias jovens da sua cidade natal.
As primeiras atividades da nova família
religiosa foram de cunho missionário. No entanto, as Irmãs cuidavam dos pobres
e doentes a domicílio, das crianças abandonadas e dos necessitados. A partir de
então, Elisabeth Eppinger passou a ser chamada Madre Afonsa Maria e foi a
primeira Superiora Geral.
Mais tarde a Congregação das “Filhas do Divino
Redentor” ficou conhecida como “Irmãs do Santíssimo Salvador”, reconhecida pela
Igreja em 1866. Madre Afonsa Maria faleceu em Niederbronn no dia 31 de julho de
1867.
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