quarta-feira, 25 de setembro de 2019

25 de setembro - Santas Aurélia e Neomísia


As irmãs Aurélia e Neomísia, nasceram na Ásia Menor no século III, e foram dedicadas desde a mais tenra idade à piedade. Elas costumavam procurar pobres e doentes pelas ruas para lhes fazer caridade. E assim fizeram durante toda a adolescência, se mantendo muito piedosas e fervorosas cristãs. O sonho das irmãs era conhecer a terra santa e assim, decidiram visitar os lugares santos da Palestina e peregrinar aos mais célebres santuários do Ocidente.

De fato, Aurélia e Neomísia, foram para a Terra Santa e viram onde Jesus nasceu e viveu. Depois, fizeram todo o trajeto percorrido por Ele até o monte Calvário, onde foi Crucificado e morreu para nos salvar. Aurélia, envolvida pela religiosidade da região e com o sentimento da fé reforçado, decidiu continuar a peregrinação até Roma.

Em Roma, enquanto percorriam a Via Latina, foram surpreendidas pelos Agarenos, que, após terem devastado a Calábria e a Lucania, tinham assediado Cápua. Estes, ao identificarem as jovens como cristãs, as espancaram com varas e as deixaram quase sem vida. Mas um temporal furioso dispersou os perseguidores e as duas irmãs, livres, puderam seguir viagem.

Nas redondezas de Anagni, se estabeleceram e retomaram a vida de caridade, oração e penitência, sempre auxiliando e socorrendo os pobres, velhos e doentes.
Aurélia e a irmã adoeceram e morreram no mesmo dia: 25 de setembro, de um ano não registrado. O culto à Santa Aurélia é um dos mais propagados e antigos da tradição romana.

Seus corpos, venerados pelos habitantes do lugar, sepultados inicialmente em um oratório da aldeia, foram depois transportados ao cenóbio de Santa Reparata, próximo dos muros da cidade de Anagni.

O Bispo Romualdo, quando se encontrava em Anagni o Papa Leão IX, colocou-os na Catedral e, quando esta foi reconstruída pelo Bispo São Pedro de Salerno, foram colocados com honras na cripta de São Magno, perto dos despojos de Santa Secundina, sob o altar a elas dedicado.

O único texto conhecido dos Atos das duas santas está contido no códice Chigiano C. VIII. 235, escrito no início do século XIV. Barônio, que inseriu o nome das duas irmãs no Martirológio Romano, disse ter conhecimento dos Atos destas Santas, mas que ele estava corrompido.


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