As irmãs Aurélia e Neomísia, nasceram na Ásia
Menor no século III, e foram dedicadas desde a mais tenra idade à piedade. Elas
costumavam procurar pobres e doentes pelas ruas para lhes fazer caridade. E
assim fizeram durante toda a adolescência, se mantendo muito piedosas e
fervorosas cristãs. O sonho das irmãs era conhecer a terra santa e assim, decidiram
visitar os lugares santos da Palestina e peregrinar aos mais célebres
santuários do Ocidente.
De fato, Aurélia e Neomísia, foram para a Terra
Santa e viram onde Jesus nasceu e viveu. Depois, fizeram todo o trajeto
percorrido por Ele até o monte Calvário, onde foi Crucificado e morreu para nos
salvar. Aurélia, envolvida pela religiosidade da região e com o sentimento da
fé reforçado, decidiu continuar a peregrinação até Roma.
Em Roma, enquanto percorriam a Via Latina,
foram surpreendidas pelos Agarenos, que, após terem devastado a
Calábria e a Lucania, tinham assediado Cápua. Estes, ao identificarem as jovens
como cristãs, as espancaram com varas e as deixaram quase sem vida. Mas um
temporal furioso dispersou os perseguidores e as duas irmãs, livres, puderam
seguir viagem.
Nas redondezas de Anagni, se estabeleceram
e retomaram a vida de caridade, oração e penitência, sempre auxiliando e
socorrendo os pobres, velhos e doentes.
Aurélia e a irmã adoeceram e morreram no mesmo
dia: 25 de setembro, de um ano não registrado. O culto à Santa Aurélia é um dos
mais propagados e antigos da tradição romana.
Seus corpos, venerados pelos habitantes do
lugar, sepultados inicialmente em um oratório da aldeia, foram depois
transportados ao cenóbio de Santa Reparata, próximo dos muros da cidade de
Anagni.
O Bispo Romualdo, quando se encontrava em
Anagni o Papa Leão IX, colocou-os na Catedral e, quando esta foi reconstruída
pelo Bispo São Pedro de Salerno, foram colocados com honras na cripta de São
Magno, perto dos despojos de Santa Secundina, sob o altar a elas dedicado.
O único texto conhecido dos Atos das duas
santas está contido no códice Chigiano C. VIII. 235, escrito no início do
século XIV. Barônio, que inseriu o nome das duas irmãs no Martirológio Romano,
disse ter conhecimento dos Atos destas Santas, mas que ele estava corrompido.
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