domingo, 21 de outubro de 2018

21 de outubro - Beato José Puglisi

O Papa Francisco definiu padre José Puglisi como “um exemplo a ser seguido” para contrastar a mentalidade mafiosa e completa dizendo: “A máfia queria derrotar o Padre Pino Puglisi, mas foi ele quem ganhou”.

O Beato nasceu no bairro de Palermo - Brancaccio em 15 de setembro de 1937, terceiro filho de um sapateiro e de uma costureira, e foi assassinado pela máfia no mesmo bairro em 15 de setembro de 1993, dia do seu 56º aniversário.

Entrou no seminário diocesano de Palermo em 1953 e foi ordenado sacerdote em 2 de julho de 1960.
Em 29 de setembro de 1990 foi nomeado pároco em San Gaetano, bairro Brancaccio.
Como pároco de San Gaetano, deu seguimento a um incessante trabalho de evangelização e acompanhamento dos jovens e das suas famílias, com o intuito de evitar que estas caíssem nas mãos da violência e do crime organizado, chamando a atenção da máfia.

Era carinhosamente conhecido como '3P' ('Padre Pino Puglisi'), e explicava a sua luta em nome da 'verdade' do Evangelho: “Se Deus está conosco, quem será contra nós! Não estou com medo de morrer, se o que eu digo é a Verdade”.

Por isso foi morto em frente ao portão de sua casa na Praça Anita Garibaldi. “Eu estava esperando por você”, teria dito, com um sorriso, antes de morrer em frente à sua casa. Quem realizou a autópsia ficou marcado pelo sorriso registrado no rosto.

O ‘Centro de Acolhimento Pai-Nosso’, dedicado aos mais novos, é um dos legados físicos deixados pelo Beato italiano, tendo começado a sua atividade em 1991.

Seu assassino, Salvatore Gregoli, foi preso em junho de 1997, e reconheceu: “Eu matei provavelmente um santo. Disso eu responderei diante de Deus.” Ele disse que agora acredita em Deus e confessou ter matado 50 pessoas e participado em vários outros ataques. Todos os dias, ele acende uma vela para pedir perdão “a Dom Puglisi”. E todas as noites antes de se deitar, “pede o perdão de Deus.” Ele é casado e tem três filhos, um emprego. Ele sorri, mas não se esquece de seu passado.
Ele acrescentou numa entrevista em 2012: “Sempre que eu penso nisso, que eu tomo consciência do que fiz, sinto suores frios, e desejaria tornar-me num fantasma, numa sombra. Preferia morrer. Aquele sorriso, o sorriso de Dom Puglisi me salva ainda todas as noites.”

Em 2012 Padre Pino recebeu o reconhecimento do martírio “in odium fidei”. E no dia 25 de maio de 2013 foi beatificado em Palermo

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