domingo, 20 de novembro de 2016

Solenidade do Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo

Jesus é Rei, mas de que modo? Seu agir e suas palavras não deixam dúvidas: seu reino não é como os homens entendem. Ele é um rei diferente.
Em primeiro lugar, para tê-lo como rei é necessário que as pessoas tenham fé e exatamente por isso sejam comprometidas com ele. É uma adesão profunda à sua pessoa e ao seu modo de ser: pacificador, libertador, servidor a ponto de dar sua vida em favor de seus súditos.
Papa Francisco - 21 de novembro de 2015

A Igreja chega ao término de mais um ano litúrgico. Neste domingo, Solenidade de Cristo Rei do Universo, nós somos chamados a reconhecer o reinado de Deus sobre todos os povos e nações.
Esta Solenidade é relativamente recente. Foi Pio XI, na primeira encíclica de seu pontificado, quem a estabeleceu, em 1925. Na Quas Primas, o Santo Padre recorda o senhorio de Jesus sobre todos os reinados, governos e instituições. Via isso como tarefa urgente, dada a crescente rejeição dos ensinamentos da Igreja por parte dos homens, retirando Jesus Cristo e sua lei tanto da vida particular quanto da vida pública. "Baldado era esperar paz duradoura entre os povos - ditava o Papa -, enquanto os indivíduos e as nações se recusassem a reconhecer e proclamar a Soberania de Nosso Senhor Jesus Cristo".

Já naquela época, o Santo Padre enxergava com preocupação o avanço do pensamento laico, que, reivindicando uma pretensa neutralidade do Estado em assuntos religiosos, joga para escanteio os ensinamentos da Igreja, sobretudo no que diz respeito à moral e à dignidade da pessoa humana. Essa realidade, infelizmente, é ainda hoje observada em milhares de ações contrárias à fé cristã, quer no âmbito público, quer no âmbito privado.

A Palavra de Deus que nos é proposta neste último domingo do ano litúrgico convida-nos a tomar consciência da realeza de Jesus; deixa claro, no entanto, que essa realeza não pode ser entendida à maneira dos reis deste mundo: é uma realeza que se concretiza de acordo com uma lógica própria, a lógica de Deus. O Evangelho, especialmente, explica qual é a lógica da realeza de Jesus.
O Evangelho apresenta-nos, num quadro dramático, Jesus a assumir a sua condição de rei diante de Poncius Pilatus. A cena revela, contudo, que a realeza reivindicada por Jesus não assenta em esquemas de ambição, de poder, de autoridade, de violência, como acontece com os reis da terra. A missão “real” de Jesus é dar “testemunho da verdade”; e concretiza-se no amor, no serviço, no perdão, na partilha, no dom da vida.

Junto com a solenidade de Cristo Rei, celebra-se o Dia do Leigo e da Leiga, que possuem uma vocação especial, muitas vezes esquecida. Ser leigo e leiga no mundo de hoje é um desafio. Os cristãos leigos ocupam diversos serviços na vida da Igreja e assumem uma vocação particular de constituir família e ser testemunho no meio dos outros, como pedras vivas da Igreja, trabalhadores do Reino Cristo-Rei.

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