A parábola da
videira e dos ramos revela-nos o mistério da colheita que Cristo oferece à sua
Igreja. Eles amadurecem na Igreja, como na vinha evangélica, todos aqueles que
aceitam a sua palavra - e amadurecem para a vida em Deus, que é a glória.
A glória de Deus é
o homem vivo, "Gloria Dei vivens homo", ensina Santo Irineu, e
acrescenta: A vida do homem é a visão de Deus, "Vita hominis visio
Dei".
Assim, através
desta parábola, na véspera dos eventos pascais, Jesus revela plenamente o
mistério da vida que está nele. Este mistério se tornou uma fonte de vida para muitos
filhos e filhas desta terra abençoada.
Hoje, o mesmo
mistério é revelado como a fonte da vida imortal para o Serva de Deus Madalena
Morano, que tenho a alegria de elevar à honra dos altares na cidade onde há
muitos anos ela levou a cabo as suas atividades de formação cristã da
juventude. Desta forma, a nova Beata, que consagrou totalmente a sua vida a
Cristo, torna-se testemunha para uma nova geração. Ela agora está inscrita no
Livro da vida, para que todo o povo de Deus, peregrinante neste antigo berço da
cultura grega e romana, possa ler a verdade sobre a justificação em Cristo.
Papa
João Paulo II – Homilia de Beatificação – 05 de novembro de 1994
Madalena Caterina
Morano nasce em Chieri, na província de Turim, a 15 de Novembro de 1847. Aos
oito anos perde o pai Francesco e, deixa a escola, começa a ajudar a mãe nos
trabalhos de costura. Retoma os estudos graças ao seu sacerdote. A diretora
nomeia-a ajudante nos cuidados aos menores.
Entretanto encontra pela primeira vez Dom
Bosco, que se encontrava de passagem por Buttigliera d'Asti. Madalena tem o dom
do ensino, e aos 17 anos consegue o diploma de professora. Aos 19 anos começa a
ensinar em Montaldo Torinese: fá-lo-á com diligência e competência durante
catorze anos, ganhando o respeito e a estima de todos na terra. Animada pelo
desejo de se consagrar ao Senhor, Madalena aconselha-se com o seu diretor
espiritual e, depois de ter comprado uma casa para a mãe com as suas poupanças,
vai falar com Dom Bosco, que lhe diz para ir até Mornese, onde Mãe Mazzarello a
acolhe com festa e logo a coloca a ensinar. Em 1880 consagra-se a Deus através
dos votos perpétuos e pede ao Senhor a graça «de permanecer em vida até que tenha
alcançado a santidade».
Em 1881, ao pedido
do Arcebispo de Catania, Madalena é enviada para dirigir a nova obra de
Trecastagni. Durante quatro anos dirige, ensina, lava, cozinha.
É catequista, mas
sobretudo testemunho, tanto que as meninas começam a dizer: «Queremos
ser como ela!». Depois da pausa de um ano em Turim, onde dirige a casa
das Filhas de Maria Auxiliadora de Valdocco, é enviada para a Sicília como
visitadora, diretora e mestra das noviças. Foram suas tarefas fundar nove casas
e formar irmãs santas. Tendo constantemente «um olhar na terra e dez no céu», abre escolas, oratórios,
internatos e oficinas em todas as partes da ilha. Surgem novas e numerosas
vocações, atraídas pelo seu zelo apostólico e pelo clima comunitário que se
cria à sua volta. O seu apostolado variado é apreciado e encorajado pelos
bispos.
Em Catania foi-lhe confiado todo o trabalho
da catequese, a fundação de novos oratórios e o internato do Instituto
Magistrale. É muito devota de S. José e de Maria Auxiliadora, que a guiam nas
nove fundações, consegue inculturar fielmente o carisma de Dom Bosco e o
sistema preventivo.
Doente devido a um tumor, a 26 de Março de
1908 a Irmã Morano morre em Catania. À sua morte as casas da Sicília são 18, as
irmãs 142, as noviças 20, as postulantes 9. Os seus restos mortais são
venerados em Ali Terme (Catania). O Papa João Paulo II em Catania proclama-a
beata, exaltando-a como educadora e professora.
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