domingo, 26 de março de 2017

26 de março - Beata Madalena Morano

A parábola da videira e dos ramos revela-nos o mistério da colheita que Cristo oferece à sua Igreja. Eles amadurecem na Igreja, como na vinha evangélica, todos aqueles que aceitam a sua palavra - e amadurecem para a vida em Deus, que é a glória.

A glória de Deus é o homem vivo, "Gloria Dei vivens homo", ensina Santo Irineu, e acrescenta: A vida do homem é a visão de Deus, "Vita hominis visio Dei".

Assim, através desta parábola, na véspera dos eventos pascais, Jesus revela plenamente o mistério da vida que está nele. Este mistério se tornou uma fonte de vida para muitos filhos e filhas desta terra abençoada.

Hoje, o mesmo mistério é revelado como a fonte da vida imortal para o Serva de Deus Madalena Morano, que tenho a alegria de elevar à honra dos altares na cidade onde há muitos anos ela levou a cabo as suas atividades de formação cristã da juventude. Desta forma, a nova Beata, que consagrou totalmente a sua vida a Cristo, torna-se testemunha para uma nova geração. Ela agora está inscrita no Livro da vida, para que todo o povo de Deus, peregrinante neste antigo berço da cultura grega e romana, possa ler a verdade sobre a justificação em Cristo.

Papa João Paulo II – Homilia de Beatificação – 05 de novembro de 1994

Madalena Caterina Morano nasce em Chieri, na província de Turim, a 15 de Novembro de 1847. Aos oito anos perde o pai Francesco e, deixa a escola, começa a ajudar a mãe nos trabalhos de costura. Retoma os estudos graças ao seu sacerdote. A diretora nomeia-a ajudante nos cuidados aos menores.

Entretanto encontra pela primeira vez Dom Bosco, que se encontrava de passagem por Buttigliera d'Asti. Madalena tem o dom do ensino, e aos 17 anos consegue o diploma de professora. Aos 19 anos começa a ensinar em Montaldo Torinese: fá-lo-á com diligência e competência durante catorze anos, ganhando o respeito e a estima de todos na terra. Animada pelo desejo de se consagrar ao Senhor, Madalena aconselha-se com o seu diretor espiritual e, depois de ter comprado uma casa para a mãe com as suas poupanças, vai falar com Dom Bosco, que lhe diz para ir até Mornese, onde Mãe Mazzarello a acolhe com festa e logo a coloca a ensinar. Em 1880 consagra-se a Deus através dos votos perpétuos e pede ao Senhor a graça «de permanecer em vida até que tenha alcançado a santidade».

Em 1881, ao pedido do Arcebispo de Catania, Madalena é enviada para dirigir a nova obra de Trecastagni. Durante quatro anos dirige, ensina, lava, cozinha.

É catequista, mas sobretudo testemunho, tanto que as meninas começam a dizer: «Queremos ser como ela!». Depois da pausa de um ano em Turim, onde dirige a casa das Filhas de Maria Auxiliadora de Valdocco, é enviada para a Sicília como visitadora, diretora e mestra das noviças. Foram suas tarefas fundar nove casas e formar irmãs santas. Tendo constantemente «um olhar na terra e dez no céu», abre escolas, oratórios, internatos e oficinas em todas as partes da ilha. Surgem novas e numerosas vocações, atraídas pelo seu zelo apostólico e pelo clima comunitário que se cria à sua volta. O seu apostolado variado é apreciado e encorajado pelos bispos.

Em Catania foi-lhe confiado todo o trabalho da catequese, a fundação de novos oratórios e o internato do Instituto Magistrale. É muito devota de S. José e de Maria Auxiliadora, que a guiam nas nove fundações, consegue inculturar fielmente o carisma de Dom Bosco e o sistema preventivo.


Doente devido a um tumor, a 26 de Março de 1908 a Irmã Morano morre em Catania. À sua morte as casas da Sicília são 18, as irmãs 142, as noviças 20, as postulantes 9. Os seus restos mortais são venerados em Ali Terme (Catania). O Papa João Paulo II em Catania proclama-a beata, exaltando-a como educadora e professora.

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