sexta-feira, 3 de março de 2017

03 de março - Santa Catarina Drexel


Madre Catarina Drexel nasceu numa família abastada em Filadélfia, nos Estados Unidos. Contudo, aprendeu dos seus pais que os bens da sua família não eram só para eles, mas deviam ser compartilhados com os que tinham menos sorte. Quando era jovem, sentia-se profundamente perturbada em relação à pobreza e às condições desesperadas de muitos nativos americanos e afro-americanos. Começou a distribuir os seus bens à obra missionária e pedagógica para os membros mais pobres da sociedade. Sucessivamente, compreendeu que era preciso fazer mais. Com grande coragem e confiança na graça de Deus, quis dedicar não só os seus bens, mas também toda a sua vida ao Senhor.
À sua comunidade religiosa, as Irmãs do Santíssimo Sacramento, ensinou uma espiritualidade baseada na união orante com o Senhor eucarístico e no serviço devoto aos pobres e às vítimas da discriminação racial. O seu apostolado contribuiu para aumentar a consciência da necessidade de combater todas as formas de racismo, através da educação e dos serviços sociais. Catarina Drexel é um exemplo excelente daquela caridade prática e da solidariedade generosa para com os que têm menos sorte e são, desde há muito tempo, sinais distintivos dos católicos norte-americanos.
O seu exemplo ajude todos os jovens a compreender que, neste mundo, não existe maior tesouro do que seguir Cristo com o coração indiviso e usar com generosidade os dons que recebemos para servir o próximo e edificar um mundo mais justo e fraterno.

Papa João Paulo II – Homilia de Canonização – 01 de outubro de 2000

Uma mulher de oração, Catarina encontrou na Eucaristia uma fonte que alimentava seu amor pelos pobres e forças para combater o racismo. Sabendo que muitos negros viviam em situação precária, longe de serem realmente livres, pois continuavam trabalhando nas fazendas ou subempregos, sem educação e direitos constitucionais, sentia-se especialmente chamada a mudar a mentalidade racista do país. Por exemplo, nos estados do Sul, restrições legais quase impediam os negros de cursarem o ensino básico. 


Em vista disto, fundar e organizar escolas para índios e negros tornou-se uma prioridade para ela e sua congregação. Durante a sua vida, financiou diretamente 60 escolas e missões, especialmente no Oeste e Sul do país. O ápice foi a fundação da Universidade Xavier na Louisiana, a única instituição predominantemente negra e índia de ensino superior. Além disso, dedicava-se também a visitar as famílias, hospitais e prisões. 


Catarina Drexel, filha de um famoso banqueiro, nasceu em Filadélfia, no Estado da Pensilvânia (E.U.A.), em 26 de Novembro de 1858. Seus pais fizeram-lhe ver desde a infância que a riqueza era dada para o bem de todos, e por isso devia ser repartida com os outros. O dinheiro não corrompeu a família, onde a religião e a caridade estavam acima de tudo.

Durante uma viagem com a família ao Oeste americano, Catarina, ainda jovem, deu-se conta da miséria em que viviam os indígenas da América. Esta experiência acendeu nela o desejo de fazer qualquer coisa para aliviar as condições da sua vida e caracterizou o seu empenhamento pessoal e financeiro para o sustento das missões e dos missionários nos Estados Unidos em favor dos índios.

Quando se encontrou com o Papa Leão XIII e lhe pediu missionários para trabalhar com os índios a quem ela ajudava, ele sugeriu-lhe a ideia de ela mesma se tornar missionária. Catarina consultou o seu diretor espiritual e logo tomou a decisão de se entregar totalmente a Deus, juntamente com a sua herança, ao serviço dos índios e dos afro-americanos.

Assim, a sua riqueza tornou-se pobreza em espírito, que caracterizou a sua vida. Fez a profissão religiosa em 12 de Fevereiro de 1891, fundando depois as Irmãs do Santíssimo Sacramento, com a finalidade de difundir a mensagem do Evangelho e a vida eucarística entre os índios e os afro-americanos.

Mulher de muita oração, encontrou sempre na Eucaristia a fonte do seu amor pelos pobres. Consciente de que muitos dos que ela protegia estavam longe de serem livres, sentiu a urgência de um trabalho em seu favor.

Incansável, fundou 65 escolas para os índios e afro-americano em 21 estados. Em 1925 fundou em Nova Orleans a primeira universidade que aceitava estudantes afros-descendentes.
Catarina não se deixava intimidar pelas reações hostis, principalmente pela Ku Klux Klan , e continuou seu trabalho em desafio às intimidações e represálias.

Por isso, deixou a suas Irmãs uma herança realçada em quatro pontos: 
- amor à Eucaristia, espírito de oração e visão de todos os povos, centrada na Eucaristia;
- um indômito espírito de iniciativas corajosas para enfrentar as injustiças sociais existentes em relação às minorias étnicas cem anos antes de tais problemas se tornarem de interesse público nos Estados Unidos;
- uma convicção da importância de oferecer a todos uma instrução de qualidade e dos esforços para que isso se tornasse uma realidade;
- o dom total de si mesma, da sua herança e de todos os seus bens para um serviço abnegado a todos os que são vítimas da injustiça.

Além da educação, a Congregação também realizava visitas às famílias, hospitais e prisões. Sua irmã a descreveu como uma gerente severa, mas amorosa, tão generosa com os outros como parcimoniosa com ela mesma.


Em 1935 ele ficou doente, ficando em um curto espaço de tempo quase imóvel na cama, aproveitou a oportunidade para realizar um desejo antigo, desenvolvendo uma intensa vida contemplativa, na adoração do Santíssimo Sacramento, mantendo este compromisso diário até a morte, que ocorreu 03 de marco de 1955, aos 96 anos.

Beatificada por João Paulo II em 20 de Novembro de 1988, e canonizada pelo mesmo Papa em 01 de outubro de 2000, a Irmã Maria Drexel continua a proteger-nos no céu juntamente com todos os Santos.

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