quinta-feira, 9 de março de 2017

09 de março - São Domingos Sávio


Se Domingos, com tão pouca idade, pôde santificar-se, por que não poderei também eu?" Esta pergunta fazia Dom Bosco ao escrever a biografia do jovem santo. E é a pergunta que cada um de nós pode fazer também: por que não eu?

Domingos Sávio nasceu em 2 de abril de 1842 numa aldeia perto de Turin, na Itália. Era filho do ferreiro Carlos Sávio e da Dona Brígida, que apesar da extrema pobreza, viviam num ambiente familiar de amor, fé e alegria.
Domingos era uma criança especial e sempre surpreendia seus pais com gestos de afeto, palavras de encorajamento e edificação.
No ano de 1847, a família Sávio parte para um lugar chamado Murialdo. Sua mãe  trabalhava como costureira, além de cuidar dos afazeres domésticos, e seu pai, além de ferreiro, trabalhava no campo.
O Capelão de Murialdo era o Padre João Zucca, que logo percebeu no pequeno Domingos Sávio um perfume de santidade.

Numa fria manhã de inverno, por volta das 5 horas, padre João ao abrir a Igreja para a primeira missa, encontra o pequeno Domingos, envolto em agasalhos, na escadaria aguardando a missa, tinha apenas 5 anos de idade.
Daquele dia em diante Domingos Sávio começou a servir nas missas como coroinha.

No ano de 1848, Domingos começa a frequentar o 1° ano primário e por sorte seu professor era o Padre João Zucca.
Era comum naquela época que as crianças recebessem a 1ª comunhão aos 12 anos, porém, Padre João Zucca, conversando com alguns sacerdotes dos povoados vizinhos e de comum acordo quiseram conhecer Domingos que estava com 7 anos e testar seus conhecimentos e virtudes.
Todos os sacerdotes foram unânimes em aprovar nosso santinho, e no dia 08 de abril de 1849, festa da Páscoa, recebeu Jesus na Eucaristia.
Ao chegar em casa, escreve seu tratado de vida:

“Lembranças da minha 1° Comunhão.
01. Confessar-me-ei com muita frequência e farei a comunhão todas as vezes que o confessor permitir.
02. Quero santificar os dias Santos.
03. Meus amigos serão Jesus e Maria.
04. Antes morrer que pecar.”

Para continuar seus estudos, Domingos deveria ir e vir a Castelnuovo que distava cerca de 5 km de sua casa, perfazendo, assim, 10 km diários. Apesar de sua aparência frágil e de sua estatura franzina, suportava frio, chuva e calor com paciência e amor.

Certo dia um camponês que diariamente o via passar a pé perguntou-lhe:
-Você não tem medo de andar sozinho por estes caminhos:
-Nunca estou só, meu anjo da guarda me acompanha! Respondeu Domingos.
O camponês, surpreso acrescentou:
-Vai se cansar, com este calor!
-Não, não me canso porque trabalho para um patrão que me paga muito bem!
-Para quem trabalhas? Quem é teu patrão?
- Nosso Senhor, que paga até um copo de água dado por seu amor!

A família Sávio decidiu retornar para Mondônio, lá havia escolas e Domingos não precisaria caminhar tanto.
No Colégio conheceu Pe. Cagliero, que era seu professor e logo percebeu em Domingos uma grande bondade.
Ainda neste colégio, Domingos, foi injustamente acusado de uma grave falta que seus colegas cometeram. Ele, porém, calou-se! Foi repreendido publicamente mesmo sendo inocente.
O Pe. Cagliero era amigo e conterrâneo de Dom Bosco, e pensou que a seu lado Domingos Sávio receberia uma excelente formação.

No dia 2 de outubro de 1854, aconteceu o primeiro encontro, em Castelnuevo, na frente da casa do irmão de Dom Bosco.

Domingos Sávio perguntou a Dom Bosco:
-Leva-me a Turim para estudar?
-É, parece que temos aí uma boa fazenda! Respondeu Dom Bosco.
-E para que pode servir essa fazenda? Perguntou Domingos Sávio.
-Para fazer uma roupa e dá-la de presente a Nosso Senhor.
-Então eu sou a fazenda e o Senhor é o alfaiate, leve-me e faça de mim uma bela roupa.

Sendo assim, no dia 29 de outubro de 1854, Domingos fez um pacote com livros e roupas e também com algumas guloseimas que sua mãe preparou para a viagem. A separação foi penosa, porém decisiva.

Domingos cheio de encanto, apesar da separação da família, encontrou um lar, o pai Dom Bosco e a Dona Margarida mãe de Dom Bosco, e mais 115 irmãos que corriam, jogavam, estudavam, aprendiam algum oficio e rezavam.
Dom Bosco, a cada instante, se surpreendia com seu aluno Domingos!

Domingos dizia: “Os olhos são a janela da alma. Pela janela passa o que se deixa passar. Por ela podemos deixar passar um anjo ou um demônio, e fazer com que um deles se torne dono do nosso coração” e assim Domingos dava exemplos e lições de vida, com o tempo conquistou a todos, até que em fevereiro de 1857, durante um rigoroso inverno, foi acometido de uma tosse gravíssima e a conselho de Dom Bosco, voltou para casa de seus pais para um bom tratamento.

Domingos, ao se despedir de Dom Bosco disse:
-Eu não volto mais... Em seguida pede a Dom Bosco perdão e este assim respondeu:
-Garanto-lhe em nome de Deus que seus pecados foram todos perdoados.
Domingos beija a mão do pai Dom Bosco e parte para sua casa, a dor da partida dilacera o coração do mestre e seus colegas.

Ao chegar em casa recebe o amor e a afeição de seus pais e irmãos, todos fazem festa com a sua volta, seu estado de saúde se agrava e são obrigados a chamar o médico.
Por alguns dias o médico acompanhou o sofrimento do jovem Domingos, porém, seu estado piorava e ele se mantinha sereno, apesar das dores.
Em tudo dava graças a Deus e tudo oferecia por amor a Jesus.

Em 9 de março de 1857, Domingos nascia uma segunda vez diretamente para o céu, estava com 15 anos e no dia 12 de junho de 1954 Pio XII o eleva a honra dos altares.
São Domingos Sávio viveu o ideal da santidade, deixando o exemplo para todos os jovens independente do seu tempo.


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