O que fez de Clemente um
santo? Não fez nenhum milagre que nos deslumbrasse, nem teve visões para nos
maravilhar. Teve até faltas - um temperamento alemão irritadiço, uma tendência
a ser áspero. No entanto, se nós pudéssemos passar umas horas com ele, iríamos
descobri-lo como um homem de uma fé excepcionalmente forte, de extraordinária
calma e paz, e de incansável zelo apostólico.
A simplicidade foi a principal característica da sua
santidade. Aceitava a vontade de Deus do jeito que ela vinha, e fez todo o bem
de que foi capaz. Levou uma vida de inocência e de serviço, dedicando-se a
louvar a Deus e a levar os outros a servi-lo. Pelo seu modo totalmente simples
de se tornar santo, Clemente é um modelo para todos.
Ele nasceu em Tasswitz aos
26 de dezembro de 1751. Foi o último dos doze filhos de Paulo Hofbauer e de
Maria Steer. Foi batizado com o nome de João. O pai era um açougueiro. A
família era muito pobre e o pequeno João frequentou muito pouco a escola nos anos
juvenis. Com a morte do pai empregou-se como servente no mosteiro dos
premonstratenses de Burra, onde desempenhou o ofício de padeiro.
Durante algum tempo viveu como eremita. Foi quando mudou
o nome para Clemente. De volta para Viena, e graças à generosidade de três
senhoras piedosas e ricas, pode estudar na universidade. Em 1784 viajou
novamente para Roma junto com um estudante e amigo Tadeu. Os dois peregrinos
foram parar entre os redentoristas, recentemente estabelecidos em São Julião,
no Monte Esquilino, onde eles foram recebidos como candidatos.
Depois de um noviciado breve, fizeram a profissão no dia
19 de março de 1785 e, dez dias depois, em 29 de março de 1785, foram ordenados
padres em Alatri. Junto com o Padre Tadeu, voltou à Viena onde quis estabelecer
a Congregação.
Mas isto não era possível devido às leis josefinistas.
Foram então para Varsóvia onde se encarregou da igreja alemã de São Beno.
Começou uma intensa atividade pastoral, e lá atraiu numerosos candidatos
desejosos de se unirem a ele. A igreja de São Beno tornou-se sede de uma missão
contínua com um programa diário de pregações, instruções, confissões e
devoções. Fundou, também, um orfanato para os meninos e meninas. Esta atividade
ele a continuou até os 1808, quando Napoleão Bonaparte fechou a igreja e
dispersou a comunidade.
Clemente se estabeleceu novamente em Viena e lá
permaneceu até sua morte. Como capelão do convento e da igreja das Ursulinas,
teve uma influência extraordinária na cidade inteira. Aconselhou e encorajou
alguns líderes do novo movimento romântico e outros que trabalhavam para a
renovação católica nos países de idioma alemão.
Cuidando do bem-estar espiritual das irmãs e dos leigos
que frequentavam sua capela, a verdadeira santidade de Clemente manifestou-se
ainda mais claramente. Naquele altar a sua devoção revelava-o como homem de fé.
No púlpito falava as palavras que o povo precisava ouvir. Pregava de tal modo
que pudessem conhecer os pecados deles, experimentar a bondade de Deus e viver
suas vidas conforme a vontade divina.
Naqueles primeiros anos do século XIX, Viena era um
importante centro cultural europeu. Clemente gostava de entreter-se com
estudantes e intelectuais. Os estudantes vinham - a sós ou em grupos - para sua
casa a fim de conversar, fazer uma refeição ou pedir conselho. Boa parte deles
se tornou Redentoristas. Trouxe para a Igreja muitos ricos e artistas.
Em Viena Clemente sofreu novos ataques. Por certo tempo
foi proibido de pregar. Depois foi ameaçado de expulsão por se ter comunicado
com o seu Superior Geral redentorista em Roma. Antes que a expulsão fosse
oficializada, o Imperador Francisco da Áustria deveria assiná-la. Na ocasião o
Imperador fez uma peregrinação a Roma, onde visitou o Papa Pio VII e ficou sabendo
quanto era estimada sua obra. Soube também que podia recompensá-lo pelos seus
anos de serviço dedicado permitindo-lhe começar uma fundação redentorista na
Áustria.
Assim, em vez de um decreto de expulsão, ganhou uma
audiência com o Imperador Francisco. Rapidamente os planos estavam feitos. Foi
escolhida e restaurada uma igreja para se tornar a primeira fundação
redentorista na Áustria. Mas isto haveria de iniciar sem Clemente. Ele caiu
doente no início de março de 1820 e morreu no dia 15 de março do mesmo ano. Morreu
com a gratificante notícia de que o seu segundo sonho tinha sido realizado. Quando
o Papa Pio VII teve notícia da morte e disse: "A religião perdeu na
Áustria a seu apoio principal."
Foi beatificado no dia 29 de
Janeiro de 1888 pelo Papa Leão XIII. Foi canonizado como santo dia 20 de maio
de 1909. Em 1914, o Papa Pio X concedeu-lhe o título de Apóstolo e Patrono de
Viena e venerado como o principal propagador da Congregação Redentorista.
Que ojeto é esse, cujo qual ele está pondo a mão?
ResponderExcluirBoa noite, ele está tocando o Sacrário, onde está Jesus no Santíssimo Sacramento.
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