Mesmo durante sua juventude, quando ainda vivia na
Polônia, Irmã Maria Zita sofria de dores nas pernas – primeiro na direita;
depois, também, na esquerda. Em 1944, enquanto descia as escadas, sentiu,
repentinamente, uma forte dor na perna direita (ruptura de uma artéria que
levou a hemorragias internas). A partir daí seu estado só foi piorando, passou
por diversos tratamentos e cirurgias e nada fazia melhorar suas dores.
A
partir de 1960, caminhar tinha se tornado insuportável e não podia subir ou
descer escadas. Por fim, em novembro de 1960, não conseguia mais levantar-se e
sair da cama, e as injeções e unguentos prescritos pelo médico não lhe davam
nenhum alívio, nem lhe permitiam que voltasse a andar de novo.
Por
essa época, outra Irmã, que era assistente da Madre Superiora, recebeu alguns
folhetos, contendo narrativas sobre a vida do Servo de Deus Imperador Carlos da
Áustria, com orações para sua beatificação. A Irmã Maria Zita foi,
naturalmente, informada a respeito disso, mas não deu muita atenção, pois
sentia pouca simpatia pela Dinastia dos Habsburgo. Sua imobilidade forçada e a
iminente ausência de uma Irmã levaram-na a se sentir muito desassossegada,
conforme disse às outras Irmãs. Então, mais uma vez, foi-lhe aconselhado para
pedir a intercessão do Servo de Deus para uma resposta favorável de cura à sua
enfermidade. No fundo, não tinha nenhuma intenção de seguir este conselho. Às
nove horas daquela mesma noite, sua perna direita foi tratada como de costume e
também lhe foi dado um sedativo para que pudesse dormir.
Apesar
do sedativo, Irmã Maria Zita não conseguiu adormecer devido às fortíssimas
dores que sentia. Então, veio-lhe a ideia de que, talvez, Deus quisesse que o
Servo de Deus fosse glorificado e, assim, fez uma breve e tímida oração pedindo
sua intercessão e prometeu iniciar, no dia seguinte, uma novena com a intenção
de obter a graça da beatificação do Servo de Deus. Depois da oração, ela
conseguiu facilmente dormir, pois a dor que a mantinha acordada tinha cessado.
Durante a noite, acordou sem sentir nenhuma dor e voltou a dormir imediatamente.
Às
cinco horas da manhã seguinte, acordou com o sino da comunidade e descobriu,
para sua surpresa, que não estava sentindo mais nenhuma dor, que a bandagem,
via de regra atada bem fortemente ao redor da ferida, tinha caído até o
calcanhar e que a ferida estava completamente coberta com uma crosta seca. Teve
condições de se levantar de imediato, ir à capela, ajoelhar-se num genuflexório
e participar das práticas devocionais com as demais Irmãs. Desde então, ela
pôde levar avante seu trabalho sem dores e sem impedimentos, e pouco tempo
depois, a crosta que se formou em cima do inchaço, na parte inferior de sua
perna, caiu por si mesma. A partir desta época, Irmã Maria Zita Gradowska não
teve mais nenhum problema com sua circulação venosa ou inchaços nas pernas por
toda a sua vida, pois foram curados como descrevemos acima.
Aos
20 de dezembro de 2003, o Santo Padre assinou um decreto proclamando a
miraculosa cura de Irmã Maria Zita Gradowska.
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