quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Milagre para a Beatificação de Carlos da Áustria

Irmã Maria Zita Gradowska nasceu na Polônia e quando tinha cerca de 25 anos, entrou na comunidade religiosa das Filhas da caridade de São Vicente de Paulo e em 1927, chegou ao Brasil.
Mesmo durante sua juventude, quando ainda vivia na Polônia, Irmã Maria Zita sofria de dores nas pernas – primeiro na direita; depois, também, na esquerda. Em 1944, enquanto descia as escadas, sentiu, repentinamente, uma forte dor na perna direita (ruptura de uma artéria que levou a hemorragias internas). A partir daí seu estado só foi piorando, passou por diversos tratamentos e cirurgias e nada fazia melhorar suas dores.
A partir de 1960, caminhar tinha se tornado insuportável e não podia subir ou descer escadas. Por fim, em novembro de 1960, não conseguia mais levantar-se e sair da cama, e as injeções e unguentos prescritos pelo médico não lhe davam nenhum alívio, nem lhe permitiam que voltasse a andar de novo.
Por essa época, outra Irmã, que era assistente da Madre Superiora, recebeu alguns folhetos, contendo narrativas sobre a vida do Servo de Deus Imperador Carlos da Áustria, com orações para sua beatificação. A Irmã Maria Zita foi, naturalmente, informada a respeito disso, mas não deu muita atenção, pois sentia pouca simpatia pela Dinastia dos Habsburgo. Sua imobilidade forçada e a iminente ausência de uma Irmã levaram-na a se sentir muito desassossegada, conforme disse às outras Irmãs. Então, mais uma vez, foi-lhe aconselhado para pedir a intercessão do Servo de Deus para uma resposta favorável de cura à sua enfermidade. No fundo, não tinha nenhuma intenção de seguir este conselho. Às nove horas daquela mesma noite, sua perna direita foi tratada como de costume e também lhe foi dado um sedativo para que pudesse dormir.
Apesar do sedativo, Irmã Maria Zita não conseguiu adormecer devido às fortíssimas dores que sentia. Então, veio-lhe a ideia de que, talvez, Deus quisesse que o Servo de Deus fosse glorificado e, assim, fez uma breve e tímida oração pedindo sua intercessão e prometeu iniciar, no dia seguinte, uma novena com a intenção de obter a graça da beatificação do Servo de Deus. Depois da oração, ela conseguiu facilmente dormir, pois a dor que a mantinha acordada tinha cessado. Durante a noite, acordou sem sentir nenhuma dor e voltou a dormir imediatamente.
Às cinco horas da manhã seguinte, acordou com o sino da comunidade e descobriu, para sua surpresa, que não estava sentindo mais nenhuma dor, que a bandagem, via de regra atada bem fortemente ao redor da ferida, tinha caído até o calcanhar e que a ferida estava completamente coberta com uma crosta seca. Teve condições de se levantar de imediato, ir à capela, ajoelhar-se num genuflexório e participar das práticas devocionais com as demais Irmãs. Desde então, ela pôde levar avante seu trabalho sem dores e sem impedimentos, e pouco tempo depois, a crosta que se formou em cima do inchaço, na parte inferior de sua perna, caiu por si mesma. A partir desta época, Irmã Maria Zita Gradowska não teve mais nenhum problema com sua circulação venosa ou inchaços nas pernas por toda a sua vida, pois foram curados como descrevemos acima.
Aos 20 de dezembro de 2003, o Santo Padre assinou um decreto proclamando a miraculosa cura de Irmã Maria Zita Gradowska.


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