Martim
Gomes, filho de pai português e mãe japonesa, era natural do Japão.
Inscrevera-se na Ordem Terceira de São Francisco, e dava hospedagem a
missionários cristãos. Sendo isso considerado crime absolutamente proibido por
disposições governamentais, foi preso. Convidado a renegar a fé, recusou-se
energicamente, afirmando que nem a morte o poderia apartar daquela fé que tinha
tão profundamente arraigada no coração.
A
17 de agosto de 1627, Martim Gomes foi levado do cárcere para a Colina Santa
dos Mártires, onde mais uma vez lhe foi proposto renegar a fé, e mais uma vez
ele se recusou terminantemente. Foi decapitado, e a sua alma, coroada pela
auréola do martírio, voou para a glória do céu. Foi beatificado por Pio IX, em
conjunto com os 205 mártires do Japão, no dia 07 de julho de 1867, pertencentes às Ordens de Santo Domingo, Santo Agostinho e
Santo Inácio de Loyola. A À Ordem de São Francisco pertenciam 45, dos quais 18
pertenciam à Primeira Ordem, 15 da Terceira e os demais familiares e amigos
deles. Martim Gomes foi um deles.
Depois da perseguição de 1597 que deu ao Japão o seleto grupo de
23 mártires guiados por São Pedro Batista, a Igreja pode desfrutar de um
período de grande fervor durante o governo do imperador Cubosama e pôde
difundir-se amplamente.
A obra dos franciscanos e dos jesuítas se ampliou com a abertura desta missão também a outras ordens religiosas entre elas os agostinianos e dominicanos. A fúria dos “monges” (no oriente, espécie de conselheiro, psicólogo, curandeiro de males físicos e espirituais) conseguiu, contudo, influenciar com ameaças e motivos políticos e econômicos enganosos o imperador, que em 1614 publicou um edito no qual prescrevia a religião católica, expulsava a todos os missionários e ordenava derrubar as igrejas e condenava à morte todos que persistissem na fé cristão
A obra dos franciscanos e dos jesuítas se ampliou com a abertura desta missão também a outras ordens religiosas entre elas os agostinianos e dominicanos. A fúria dos “monges” (no oriente, espécie de conselheiro, psicólogo, curandeiro de males físicos e espirituais) conseguiu, contudo, influenciar com ameaças e motivos políticos e econômicos enganosos o imperador, que em 1614 publicou um edito no qual prescrevia a religião católica, expulsava a todos os missionários e ordenava derrubar as igrejas e condenava à morte todos que persistissem na fé cristão
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