segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Beata Celina Chludzinska Borzecka

Celina Chludzinska Borzecka nasceu em 1833, em Antowil, então território polaco, atualmente Bielo-Rússia. A vida espiritual de Celina desenvolveu-se cedo e durante as orações sempre dirigia a Deus a pergunta:
"O que queres que eu faça com a minha vida?".
Após um retiro em Vilnius em 1853, exprimiu o desejo de tornar-se religiosa, mas encontrou a oposição dos pais. Obedecendo à vontade deles e ao conselho do seu confessor, aos 20 anos casou com José Borzecki. De qualquer maneira, dentro dela permaneceu a convicção de que "a sua vida não deveria terminar de modo comum".
Profundamente amada pelo marido, também ela foi uma esposa amorosa e exemplar que partilhava a responsabilidade do lar e demonstrava a sua atenção aos pobres. Tiveram quatro filhos, dos quais dois morreram na infância.
Em 1869, quando o marido teve um derrame cerebral que o deixou paralisado, Celina transferiu-se com a família para Viena a fim de obter melhores cuidados médicos para ele. Durante o seu sofrimento, que durou cinco anos, ela foi sua fonte de apoio espiritual e moral, além de dedicada e sensível enfermeira. Ao mesmo tempo, continuou a prodigalizar-se pela educação das duas filhas.
Em 1875, após a morte do marido, Celina transferiu-se para Roma com as filhas a fim de alargar os horizontes espirituais e culturais; e também procurar indicações a respeito da vontade de Deus para si e para as suas filhas. Na igreja de São Cláudio encontrou-se com o co-fundador dos Ressurrecionistas, Pe. Pedro Semenenko, que há muitos anos desejava fundar o ramo feminino da Congregação.
Em 1882 Celina, juntamente com a filha menor, Edvige, iniciou a vida em comunidade em Roma, sob a guia espiritual do Pe. Semenenko. Em 1886, após a repentina morte do Sacerdote, Celina teve que enfrentar muitas intrigas de pessoas contrárias à nova fundação. De maneira cada vez mais forte, Celina sentia a chamada a fundar uma comunidade de mulheres dedicadas ao Mistério da Ressurreição.
Em 1887, assistida por amigos fiéis, Celina abriu a sua primeira escola vespertina para moças, da qual o Mons. Giácomo Della Chiesa, futuro Papa Bento XV, cujos pais residiam no apartamento ao lado da escola, foi capelão e catequista.
Depois de anos de provações e sofrimentos, Celina e sua filha Edvige, co-fundadora, fizeram a profissão dos votos religiosos a 6 de Janeiro de 1891, dando início oficialmente à nova Congregação.
Expressou o dinamismo da sua vida, antes de morrer, quando escreveu num pedaço de papel, pois já não podia falar: "Em Deus reside a felicidade em eterno". Madre Celina faleceu a 26 de Outubro de 1913 em Cracóvia.
A Beata Celina pertence a um raro grupo de mulheres que experimentaram diversos estados de vida: esposa, mãe, viúva, religiosa e fundadora. Com simplicidade e humildade, escreveu, dando assim uma característica à sua vida espiritual: "Deus não me chamou para fazer coisas extraordinárias... talvez porque não queria que me tornasse orgulhosa. A minha vocação é cumprir a vontade de Deus fielmente e com amor".


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