sexta-feira, 19 de junho de 2020

19 de junho - Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Mt 11,25

Lê-se no trecho bíblico de hoje: “Escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos mais pequeninos”. Por conseguinte, ele revela-se aos pequeninos: se quiseres compreender algo do mistério de Jesus, abaixa-te: torna-te pequenino, reconhece o teu nada. Mas Deus não só escolhe e se revela aos pequeninos; ele chama os pequeninos: “vinde a mim, vós, que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”. Dirige-se aos mais pequeninos devido a sofrimentos, cansaço. Eis então que Deus escolhe os pequeninos, revela-se aos pequeninos e chama os pequeninos. Poder-se-ia objetar: Mas por que não chama os grandes? A resposta é clara: O seu amor é aberto, mas os grandes não conseguem ouvir a voz porque estão cheios de si mesmos. Ao contrário, para ouvir a voz do Senhor é preciso fazer-se pequenino.

Assim, chegamos ao mistério do coração de Cristo, no dia em que a Igreja celebra precisamente a solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus. Há quem diga: Mas o coração de Cristo, sim, está bem, é uma pequena imagem para pessoas devotas. Absolutamente não: o coração de Cristo, o coração trespassado de Cristo, o coração da revelação, o coração da nossa fé porque ele se fez pequenino, escolheu este caminho. A este propósito, Paulo usa as seguintes expressões: Abaixou-se, humilhou-se a si mesmo, aniquilou-se até à morte e morte de cruz. E esta é uma escolha rumo à pequenez para que a glória de Deus se possa manifestar. Assim, o soldado com um golpe de lança trespassou o lado e imediatamente saiu sangue e água: é este o mistério de Cristo, e o que nós hoje celebramos, este coração que ama, que escolhe, que é fiel, que se liga a nós, se revela aos pequeninos, chama os pequeninos, se faz pequenino.

Papa Francisco – 23 de junho de 2017

Hoje celebramos:


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