sábado, 27 de junho de 2020

27 de junho - Beata Luisa Teresa de Montaignac

Beata Luisa Teresa de Montaignac
Beata Luisa Teresa de Montaignac
Nascida em Le Havre, na França, no dia 14 de maio de 1820, Luisa Teresa de Montaignac era filha de Raimondo Amato e Anna de Raffin, quinta de seus seis filhos, cresceu numa família profundamente cristã e unida. Criança sensível, deixou-se tocar pela contemplação do presépio no Natal.

“Compreendi este mistério de um Deus criança, pobre, sofredor….”

Educada por sua tia, Madame de Raffin, ela viveu e cresceu, com esta madrinha, mulher de fé e comprometida na sociedade da sua época e que se tornou para ela num modelo.

Jovem entusiasta, apaixonada pela vida do seu tempo, descobriu os escritos de Santa Teresa de Ávila. Ela gostava da oração dos salmos, da contemplação e adoração ao Santíssimo Sacramento. A sua tia deu-lhe a conhecer o voto ao Sagrado Coração, que ela própria pronunciou em 8 de setembro de 1843. Este voto foi para Luísa um ato fundador.

A sua tia apercebeu-se do risco do materialismo nascente, da indiferença religiosa e do crescimento do individualismo que permeia a estrutura familiar. Como resposta, concebeu um projeto, de uma associação de mulheres influentes que, pelo voto ao Sagrado Coração, se comprometiam a espalhar o Amor do Coração de Jesus no seu meio social.

Após a morte de sua tia, Luísa Teresa, renunciou a entrar no Carmelo para assumir plenamente a realização deste ambicioso projeto.

Em 1848, Luisa Teresa foi habitar em Montlucon, onde se lança num incansável apostolado: funda um orfanato; compromete-se na Congregação das Filhas de Maria; organiza a catequese para as crianças pobres e dá retiros para as famílias de operários. Funda a Obra das Igrejas Pobres, estabelece a Adoração Reparadora e constrói desde 1862 a 1864 uma Capela dedicada ao Amor do Coração de Jesus. Cria a Obra dos Samuéis, destinada à formação de meninos, preparando-os para uma possível entrada no Seminário Menor.

Nomeada secretária-geral do Apostolado da Oração em 1875, Luísa Teresa manteve uma correspondência espiritual abundante com muitos membros na França e em todo o mundo.

Afetada por uma tuberculose óssea, tenta aliviar o seu mal com tratamentos nas termas. Durante esses períodos, conheceu mulheres influentes, com quem criou laços de amizade que acabarão por desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento de suas obras, que se espalham muito rapidamente na diocese de Moulins e noutras regiões da França.

Em 1874, nasce a Pia União das Oblatas do Sagrado Coração com as primeiras regras aprovadas pelo Bispo de Moulins. Em 1880, Luisa Teresa é eleita Superiora Geral e continua a redação das Constituições. Verdadeira guia espiritual, soube adaptar a formação das primeiras Oblatas ao estado de vida de cada pessoa e aos seus dons naturais. Manteve uma correspondência abundante e amigável com as suas colaboradoras e abriu rapidamente novas casas em Paris, Montélimar, Lyon e Paray le Monial.

Luísa Teresa vibra com os acontecimentos do mundo, lê os jornais diariamente, permanece atenta à leitura dos sinais dos tempos. Nos seus combates, nunca deixou de confessar o seu amor por Cristo e pela Igreja universal.

Depois de um tempo de grande sofrimento e de união com a Paixão do Senhor, morreu aos 65 anos em 27 de junho de 1885 em Montlu.

Luisa Teresa foi proclamada "Beata" pelo Papa João Paulo II, em Roma, no dia 4 de novembro de 1990, que testemunha na sua homilia:

Ouvir a Palavra de Deus e assistir aos sacramentos, especialmente a Eucaristia, ajuda Luisa Teresa a permanecer um ramo vivo, seguindo o que Jesus nos diz no Evangelho: "Fique em mim e eu em você" (Jo 15,4). "Desde a minha primeira comunhão, sempre permaneci sob ação divina", ela confidencia. Filha da Igreja e mulher na Igreja, ela queria "servir ao Senhor, servir à Igreja, que estão sempre unidos". Animada por um ardente espírito apostólico e apoiada por uma intensa devoção ao Coração de Jesus, ela trabalha em estreita colaboração com seu bispo, com os padres de sua paróquia e com os fiéis leigos. Ela funda os Oblatos que, por sua união com Cristo e por sua união entre eles, são chamados a ser fermento de unidade.


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