segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Terceiro Dia do Tríduo de São Francisco de Assis

SINAL DA CRUZ:
Vinde, ó Deus, em meu auxílio.

Socorrei-me sem demora
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
Como era no princípio, agora e sempre. Amem. Aleluia

HINO
No céu Francisco fulgura,
cheio de glória e de luz,
trazendo em seu corpo as chagas,
sinais de Cristo e da Cruz.

Seguindo o Cristo na terra,
pobre de Cristo se faz,
na cruz com Cristo pregado,
torna-se arauto da paz.

Pelo martírio ansiando,
tomou a cruz do Senhor:
do que beijou no leproso
contempla agora o esplendor.

Despindo as vestes na praça,
seu pai na terra esqueceu;
reza melhor o Pai-nosso,
junta tesouros no céu.

Tendo de Cristo a pureza,
mais do que o sol reluzia,
e, como o sol à irmã lua,
Clara em seu rastro atraía.

Ao Pai e ao Espírito glória
e ao que nasceu em Belém.
Deus trino a todos conceda
os dons da cruz: Paz e Bem.

Responsório:
R. Felizes os pobres em espírito,
porque deles é o Reino dos céus.
* Felizes os mansos, pois a terra herdarão.
V. Felizes os famintos e sedentos de justiça:
serão todos saciados. * Felizes.

Oremos:
Ó Deus, que fizestes São Francisco de Assis assemelhar-se ao Cristo por uma vida de humildade e pobreza, concedei que, trilhando o mesmo caminho, sigamos fielmente o vosso Filho, unindo-nos convosco na perfeita alegria. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém.

Vida de São Francisco de Assis:
Tendo descansado uns poucos dias no lugar que tanto amava, e sabendo que tinha chegado a hora de morrer, chamou dois frades, filhos seus prediletos, e lhes mandou que cantassem com voz alta os Louvores do Senhor, na alegria do espírito pela morte, ou antes pela Vida, já tão próxima. Ele mesmo entoou como pôde o Salmo de Davi: “Em alta voz clamo ao Senhor, em alta voz suplico ao Senhor”.Um dos frades presentes, pelo qual o santo tinha a maior amizade, embora tivesse toda solicitude por todos os seus frades, vendo isso e sabendo que a morte do santo estava perto, disse-lhe: “Ó pai bondoso, teus filhos vão ficar sem pai, vão ficar sem a verdadeira luz de seus olhos! Lembra-te dos órfãos que estás deixando, perdoa todas as nossas culpas e alegra com tua santa bênção tanto os presentes como os ausentes!” Respondeu-lhe o santo: “Filho, estou sendo chamado por Deus. A meus irmãos, tanto presentes como ausentes, perdôo todas as ofensas e culpas, e os absolvo quanto me é possível. Leva esta notícia para todos e abençoa-os de minha parte”.
No fim, mandou que lhe trouxessem o livro dos Evangelhos e pediu que lessem o Evangelho de São João no lugar que começa: “Seis dias antes da Páscoa, sabendo Jesus que sua hora tinha chegado e devia passar deste mundo para o Pai...” Era justamente o Evangelho que o ministro tinha pensado em ler, antes que lhe fosse dada a ordem. E abriram o livro nesse ponto na primeira vez, embora fosse uma Bíblia inteira o livro em que estavam procurando o Evangelho. Depois, mandou que o deitassem por cima de um cilício e jogassem cinzas por cima, porque dentro em breve seria pó e cinza. Juntaram-se muitos irmãos, de quem ele era o pai e guia, e ali estavam com reverência esperando o fim ditoso e bem-aventurado. Sua alma santíssima desprendeu-se da carne e, quando foi absorvida pelo abismo da claridade, seu corpo adormeceu no Senhor.
Um de seus irmãos e discípulos, não pouco famoso, cujo nome acho melhor calar agora, porque enquanto viveu na carne não quis gloriar-se desse fato, viu a alma do pai santíssimo subindo diretamente para o céu, acima das grandes água. Pois era como uma estrela, tendo de alguma forma o tamanho da lua, retinha toda a claridade do sol e levava embaixo uma nuvenzinha branca.

Palavra de Deus – Jo 2,13-25
Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. No templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isso daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!” Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por 20 tua casa me consumirá”. Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostrar para agir assim?” Ele respondeu: “Destruí este Templo, e em três dias eu o levantarei”. Os judeus disseram: “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?” Mas Jesus estava falando do templo do seu corpo. Quando Jesus ressuscitou os discípulos lembraram-se de que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele. Jesus estava em Jerusalém durante a festa da Páscoa. Vendo os sinais que realizava, muitos creram no seu nome. Mas Jesus não lhes dava crédito, pois ele conhecia a todos; e não precisava do testemunho de ninguém acerca do ser humano, porque ele conhecia o homem por dentro.

Pensamento de São Francisco de Assis:
Salve, rainha sabedoria, o Senhor te guarde por " tua santa Irmã, a pura simplicidade!
Senhora santa pobreza, o Senhor te guarde por tua santa Irmã, a humildade!
Senhora santa caridade, o Senhor te guarde por tua santa Irmã, a obediência!
Santíssimas virtudes todas, guarde-vos o Senhor, de quem procedeis e vindes a nós!
Não existe no mundo inteiro homem algum em condições de possuir uma de vós, sem que ele morra primeiro.
Quem possuir uma de vós e não ofender as demais, a todas possui; e quem a uma ofender, nenhuma possui e a todas ofende.
E cada uma por si destrói os vícios e pecados.
A santa sabedoria confunde a Satanás e todas as suas astúcias.
A pura e santa simplicidade confunde toda a sabedoria deste mundo e a prudência da carne.
A santa pobreza confunde toda a cobiça e avareza e solicitudes deste século.
A santa humildade confunde o orgulho e todos os homens deste mundo e tudo quanto há no mundo.
A santa caridade confunde todas as tentações do demônio e da carne e todos os temores carnais.
A santa obediência confunde todos os desejos sensuais e carnais e mantém o corpo mortificado para obedecer ao espírito e obedecer a seu Irmão, e torna o homem submisso a todos os homens deste mundo e nem só aos homens, senão também a todas as feras e animais irracionais,  para que dele possam dispor a seu talante, até o ponto que lho for permitido do alto pelo Senhor (cf. Jo 19,11).
  
Oração Final:
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz;
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé;
Onde houver erros, que eu leve a verdade;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei com que eu procure mais consolar,
que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado;
Pois é dando que se recebe;
É perdoando, que se é perdoado;
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
Amem!

Oração do Pai Nosso
Oração da Ave Maria
Glória ao Pai

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