terça-feira, 11 de outubro de 2016

São João XXIII

“Tornou visível a bondade aos olhos de todos”
Ângelo José Roncalli, aos 77 anos foi eleito Papa. Escolhe o nome de João – “era o nome do meu pai” diz ele.
E essa simplicidade e espontaneidade vão acompanha-lo sempre. Depois de aparecer na sacada central e logo após serem cumpridas todas as prescrições do cerimonial, muitos o questionaram: “E o que faremos agora?” E o novo papa tranquilamente responde: “Agora, vamos rezar as orações da Liturgia das horas, como em todas as tardes.”
Quando acolhe os peregrinos em São Pedro, inaugura um novo estilo. Deixa de ler os discursos oficiais e se entrega a confidencias improvisadas, lembranças de sua vida, pequenos eventos da sua infância.
Outra novidade: “a saída livre do papa”. Após cumprir os compromissos oficiais, vai a Roma encontrar sacerdotes idosos doentes, amigos de tempos distantes. Sem formalidade visita institutos religiosos e paróquias. Um certo dia o alarme dispara: o papa desapareceu! Todos em pânico, até descobrirem: o papa passava a tarde num asilo de idosos.
Muitos peregrinos encontram com ele rezando diante do túmulo do papa Pio XII, e ao seu lado passeiam pela basílica.
Vai ao cárcere romano encontrar os detentos e entre eles fala como um irmão mais velho: “Vejam, aqui estou, eu vim. Vocês estão me vendo, os meus olhos nos olhos de vocês, o meu coração bem perto do coração de vocês...” Pediu para ver também os mais perigosos, e posa com eles para fotos, como se estivesse no Vaticano. E aí está o papa: ao lado de assassinos, ladrões e todo tipo de criminosos. E encerra a visita dizendo: “escrevam para casa, contem para suas mães, para suas esposas, que o papa veio visitar vocês.”
Uma tarde o papa cancela todos os compromissos para receber uma visita especial: Catarina. Uma menina americana de oito anos que está condenada à morte. Um de seus últimos desejos era ver o papa João. Sua mãe, uma viúva pobre, vendeu até os móveis da casa para pagar as passagens de avião. O Papa João pega na mão da pequena, sentam e conversam. O costume é que dure vinte minutos a audiência com o papa, mas com ela ele fica mais de quarenta minutos. Suas ultimas palavras para ela: “Catarina, reze por mim”.
O papa da bondade deixa como herança apenas seus objetos pessoais: a uma sobrinha religiosa deixa suas vestes brancas, ao sobrinho padre, um relógio com corrente de metal esmaltado. “Nasci pobre e morro pobre.”
Para todas as pessoas do século XX deixa a esperança.

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