Pregar e curar: esta é a atividade principal de Jesus na sua vida pública. Com a pregação Ele anuncia o Reino de Deus e com as curas demonstra que está próximo, que o Reino de Deus se encontra no meio de nós. Ao entrar na casa de Simão Pedro, Jesus vê que a sua sogra está de cama com febre; imediatamente lhe pega na mão, cura-a e diz-lhe para se levantar. Ao pôr-do-sol, quando, tendo terminado o sábado, o povo pode sair e levar-lhe os doentes, cura uma multidão de pessoas atormentadas por doenças de todos os gêneros: físicas, psíquicas, espirituais. Tendo vindo à terra para anunciar e realizar a salvação de todo o homem e de todos os homens, Jesus mostra uma particular predileção por quantos estão feridos no corpo e no espírito: os pobres, os pecadores, os possuídos pelo demônio, os doentes, os marginalizados. Assim Ele revela-se médico tanto das almas como dos corpos, bom Samaritano do homem. É o verdadeiro Salvador, Jesus cura, Jesus sara.
Esta realidade da cura dos doentes por parte de
Cristo convida-nos a refletir sobre o sentido e o valor da doença. A obra
salvífica de Cristo não acaba com a sua pessoa e no espaço da sua vida terrena;
ela continua mediante a Igreja, sacramento do amor e da ternura de Deus pelos
homens. Ao enviar em missão os seus discípulos, Jesus confere-lhes um duplo
mandato: anunciar o Evangelho da salvação e curar os enfermos. Fiel a este
ensinamento, a Igreja considerou sempre a assistência aos enfermos uma parte
integrante da sua missão. Curar um doente, acolhê-lo, servi-lo, é servir
Cristo: o doente é a carne de Cristo.
Papa Francisco – 08 de
fevereiro de 2015
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