domingo, 8 de maio de 2016

Maria, vitoriosa contra o mal – Mãe poderosa


“Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz. Depois apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças sete coroas. Varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à terra. Esse Dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de que, quando ela desse à luz, lhe devorasse o filho. Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono. A Mulher fugiu então para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias. Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão. O Dragão e seus anjos travaram combate, mas não prevaleceram. E já não houve lugar no céu para eles. Ap 12,1-8


A Liturgia põe-nos diante do brilhante ícone da Assunção da Virgem ao céu, na integridade da alma e do corpo. No esplendor da glória celeste brilha Aquela que, em virtude da sua humildade, se fez grande diante do Altíssimo, a ponto de todas as gerações a chamarem bem-aventurada (Lc 1, 48). Agora senta-se como Rainha ao lado do Filho, na eterna bem-aventurança do paraíso e do Alto olha para os seus filhos.
Com esta consoladora certeza, dirigimo-nos a Ela e invocamo-la para aqueles que são os seus filhos: para a Igreja e para toda a humanidade, a fim de que todos, imitando-a no fiel seguimento de Cristo, possam alcançar a pátria definitiva do céu.
Primeira entre os remidos pelo sacrifício pascal de Cristo, hoje Maria resplandece como Rainha de todos nós, peregrinos rumo à vida imortal.
N'Ela, que foi elevada ao céu, é-nos manifestado o eterno destino que nos aguarda para além do mistério da morte: destino de felicidade total, na glória divina. Esta perspectiva sobrenatural sustém a nossa peregrinação quotidiana. Maria é a nossa Mestra de vida. Olhando para Ela, compreendemos melhor o valor relativo das grandezas terrenas e o pleno sentido da nossa vocação cristã.
Desde o nascimento até à gloriosa Assunção, a sua existência desenrolou-se ao longo do itinerário da fé, da esperança e da caridade. São estas as virtudes, florescidas em um coração humilde e abandonado à vontade de Deus, que adornam a sua preciosa e incorruptível coroa de Rainha. São estas as virtudes que o Senhor pede a cada fiel, para o admitir na glória da Sua própria Mãe.
O texto do Apocalipse fala do enorme dragão vermelho que representa a perene tentação que se apresenta ao homem: preferir o mal ao bem, a morte à vida, o prazer fácil do desempenho à exigente mas saciante via de santidade para a qual cada homem foi criado. Na luta contra «o grande Dragão... a antiga Serpente, o Diabo ou Satanás, como lhe chamam, o sedutor do mundo inteiro», aparece o grandioso sinal da Virgem vitoriosa, Rainha de glória, sentada à direita do Senhor.
E nesta luta espiritual, a sua ajuda à Igreja é determinante para alcançar a vitória definitiva contra o mal.
Papa João Paulo II

Oração

À vossa proteção recorremos, santa Mãe de Deus; não desprezeis as súplicas dos que se encontram em provação, mas livrai-nos de todo o perigo, ó Virgem gloriosa e bendita.
(oração composta no Egito – séc III – Primeira invocação mariana conhecida)


Maria, mulher vitoriosa contra o mal, rogai por nós!

Nenhum comentário:

Postar um comentário