Aderiu
desde jovem à Juventude Feminina da Ação Católica, da qual depois foi dirigente
paroquial, encontrando na Associação importantes estímulos de crescimento
humano e cultural, num clima intenso de amizade fraterna. Maturou gradualmente
uma simples e firme vontade de entregar a Deus como oferenda de amor a sua
jovem vida, em particular para a santificação e perseverança dos sacerdotes.
Papa
João Paulo II – Homilia de beatificação – 05 de setembro de 2004
Nasceu
em Partinico (Itália), centro agrícola da província de Palermo, a 18 de
fevereiro de 1915; foi batizada no dia 6 de março com o nome de Giuseppina
(Josefina em português), mas será sempre conhecida com o diminutivo: Pina.
Os
seus jovens pais, José e Graziela Costantino, viviam dos modestos proventos do
trabalho nos campos; a família era profundamente religiosa o que refletia no
ânimo sereno de Pina. De índole dócil e submissa, interessava-se pelas coisas
simples da vida relacionadas com o sentido religioso que será, ao longo de toda
a sua vida, o primeiro dos seus interesses. Pina recebeu em família a primeira
educação moral e religiosa, que depois foi aperfeiçoada, a partir dos 4 anos de
idade, quando entrou no asilo das Irmãs "Collegine de San Antonio".
Em
1922, à distância de poucos dias um do outro, recebeu os Sacramentos da
Penitência, da Primeira Comunhão e da Confirmação. Com apenas doze anos, entrou
na Ação Católica.
Começou
a inserir-se na vida paroquial e diocesana, participando ativamente em todas as
iniciativas da Ação Católica e nas que eram ditadas pela necessidade dos
problemas locais. Fez da sua paróquia o centro de todas as suas ações, em
colaboração com o pároco, Pe. Antonio Cataldo, que era o seu diretor espiritual
e confessor.
Em
1937, após a instituição da nova paróquia de Nossa Senhora do Rosário, devido
sua residência estar naquela jurisdição, Pina passou a frequentá-la e teve como
confessor e diretor espiritual o Pe. Andrea Soresi, que foi posteriormente o
seu biógrafo.
De
1939 a 1948 foi secretária da A.C. e, posteriormente, foi nomeada Presidente
das jovens da A.C. Fundou a Associação das Filhas de Maria, da qual foi
Presidente até à morte.
Pina
Suriano baseou todo o seu apostolado e espiritualidade na trilogia da A.C.: “Oração, Ação, Sacrifício”, a qual acrescentou a Santa Missa, a
Comunhão, a meditação quotidiana, o estudo da palavra de Deus e a obediência ao
magistério eclesiástico.
Embora
sendo uma boa filha, que de boa vontade realizava os serviços para a família,
Pina teve que enfrentar a oposição de sua mãe que não queria que ela se
dedicasse tanto à Igreja, pois desejava para ela o estado matrimonial, que
entretanto não estava em suas cogitações. O
empenho religioso de Pina era resultado de uma convicção e de uma escolha de
vida, e nesse contexto ela fez o voto de castidade em 29 de abril de 1932,
na pequena igreja das Filhas da Misericórdia e da Cruz, que era a sede social
da Juventude Feminina da A.C. de Partinico.
Como
prova da seriedade do voto emitido, Pina renovava-o todos os meses, com a
autorização do seu diretor espiritual, recusando as várias propostas de
matrimônio que lhe foram feitas por mais de um jovem. Era grande o seu desejo de se fazer religiosa, mas encontrou grandes
dificuldades na oposição dos seus pais. Visto que para ela o caminho da vida
religiosa não se abria, quis dar a Jesus a última prova do seu imenso amor e, a
30 de março de 1948, com outras três companheiras, ofereceu-se como vítima pela
santificação dos sacerdotes.
Antes
que o sofrimento desejado e ofertado se apresentasse em sua jovem vida, em
setembro de 1948 com grande alegria Pina foi a Roma em peregrinação por ocasião
de uma celebração da Juventude Feminina.
É extraordinária a coincidência da
oferta como vítima, e o manifestar-se de uma forma de artrose reumática tão
violenta que provocou a deficiência cardíaca. Continuou a dar sublimes exemplos
de perfeição, feliz por que a oferenda de vítima para a santificação dos
sacerdotes foi aceita.
Ela
desejou muito voltar a Roma para assistir à canonização de Santa Maria Goretti,
que aconteceu em 24 de junho de 1950, mas faleceu repentinamente, vítima de um
infarto, em 19 de maio de 1950, com apenas 35 anos.
O
funeral foi solene, com a participação de muita gente convencida de que havia
morrido uma santa; ela foi sepultada no túmulo da família no cemitério de
Partinico. Em 8 de maio de 1969 seus restos mortais foram definitivamente
transladados para a igreja paroquial do Sagrado Coração de Partinico.
Ela
foi beatificada em Loreto, no dia 5 de setembro de 2004. Determinante para sua
beatificação foi um milagre obtido por sua intercessão pela jovem Isabel
Mannone, de 18 anos, de Mazara del Vallo.
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