«Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua
palavra» (Lc 1, 38)
“Maria
é a mãe da esperança, o ícone mais expressivo da esperança cristã. Toda a sua
vida é um conjunto de atitudes de esperança, a partir do «sim» proferido no
momento da Anunciação. Maria não sabia como poderia tornar-se mãe, mas
confiou-se totalmente ao mistério que estava para se cumprir, e tornou-se a
mulher da esperança. Mais tarde, vemo-la em Belém, onde aquele que lhe foi
anunciado como Salvador de Israel e como o Messias nasce na pobreza. Em
seguida, quando está em Jerusalém para o apresentar ao templo, com a alegria
dos anciãos Simeão e Ana cumpre-se também a promessa de uma espada que lhe
teria trespassado o coração e a profecia de um sinal de contradição. Ela
percebe que a missão e também a identidade daquele Filho ultrapassam o fato de
ela ser mãe. Chegamos depois ao episódio de Jesus que se perdeu em Jerusalém e
é novamente recordado: «Filho, porque nos fizeste isto? (Lc 2, 48), e a resposta de Jesus que se subtraiu às
preocupações maternas, dirigindo-se para as coisas do Pai celeste.
Contudo,
diante de todas estas dificuldades e surpresas do projeto de Deus, a esperança
da Virgem nunca vacilou! Mulher de esperança. Isto diz-nos que a esperança se
nutre de escuta, de contemplação, de paciência, para que os tempos do Senhor
amadureçam. Também nas bodas de Caná, Maria é a mãe da esperança, atenta e
solícita em relação às coisas humanas. Com o início da vida pública, Jesus
torna-se o Mestre e o Messias: Nossa Senhora olha para a missão do Filho com
júbilo mas também com preocupação, porque Jesus se torna cada vez mais aquele
sinal de contradição que o velho Simeão já lhe tinha prenunciado. Aos pés da
cruz, é a mulher da dor e, ao mesmo tempo, da vigilante espera de um mistério,
maior que a dor, que está para se cumprir. Tudo parece realmente acabado;
poderíamos dizer que toda a esperança se apagou. Também ela, naquele momento, poderia
ter exclamado recordando as promessas da anunciação: não se cumpriram, fui
enganada. Mas não o disse. Contudo ela, bem-aventurada porque acreditou, desta
sua fé vê brotar um futuro novo e aguarda com esperança o amanhã de Deus. Às
vezes penso: nós sabemos esperar o amanhã de Deus? Ou queremos o hoje? O amanhã
de Deus é para ela o amanhecer da Páscoa, daquele dia que é o primeiro da
semana. Far-nos-á bem pensar, na contemplação, no abraço do filho com a mãe. A
única lâmpada acesa no sepulcro de Jesus é a esperança da mãe, que naquele
momento é a esperança de toda a humanidade.”
Papa
Francisco
Oração
Eu te escolho hoje, ó Maria,
na presença de toda a corte celeste, como minha mãe e
minha rainha.
Ofereço-te e consagro-te,
com toda a submissão e amor,
o meu corpo e a minha alma,
os meus bens interiores e exteriores
e o valor das minhas boas ações passadas,
presentes e futuras,
deixando-te inteiramente o pleno direito
de dispor de mim e de tudo o que me pertença,
sem exceção alguma,
segundo a tua vontade,
para a maior glória de Deus,
no tempo e na eternidade.
Amem.
São
Luis Maria Grignion de Montfort
Maria, Mãe da esperança, rogai por nós!
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