quinta-feira, 26 de maio de 2016

Maria, Mulher do Vinho Novo - Mãe Providente



Maria, Mulher do Vinho Novo - Mãe Providente


No terceiro dia houve um casamento em Caná da Galiléia. A mãe de Jesus estava ali; Jesus e seus discípulos também haviam sido convidados para o casamento. Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: "Eles não têm mais vinho".
Respondeu Jesus: "Que temos nós em comum, mulher? A minha hora ainda não chegou".
Sua mãe disse aos serviçais: "Façam tudo o que ele lhes mandar".
Ali perto havia seis potes de pedra, do tipo usado pelos judeus para as purificações cerimoniais; em cada pote cabia entre oitenta a cento e vinte litros.
Disse Jesus aos serviçais: "Encham os potes com água". E os encheram até à borda.
Então lhes disse: "Agora, levem um pouco do vinho ao encarregado da festa". Eles assim o fizeram,
e o encarregado da festa provou a água que fora transformada em vinho, sem saber de onde este viera, embora o soubessem os serviçais que haviam tirado a água. Então chamou o noivo
e disse: "Todos servem primeiro o melhor vinho e, depois que os convidados já beberam bastante, o vinho inferior é servido; mas você guardou o melhor até agora".
Este sinal miraculoso, em Caná da Galiléia, foi o primeiro que Jesus realizou. Revelou assim a sua glória, e os seus discípulos creram nele.
(Jo 2,1-11)

Nas bodas de Caná, Maria é a mulher solícita que se apercebe de um problema muito importante para os esposos: acabou o vinho, símbolo da alegria da festa. Maria dá-Se conta da dificuldade, de certa maneira assume-a e, com discrição, age sem demora. Não fica a olhar e, muito menos, se demora a fazer juízos, mas dirige-Se a Jesus e apresenta-Lhe o problema como é: «Não têm vinho». E quando Jesus Lhe faz notar que ainda não chegou o momento de revelar-Se, Maria diz aos serventes: «Fazei o que Ele vos disser». Então Jesus realiza o milagre, transformando uma grande quantidade de água em vinho, um vinho que logo se revela o melhor de toda a festa.
O banquete das bodas de Caná é um ícone da Igreja: no centro, está Jesus misericordioso que realiza o sinal; em redor d’Ele, os discípulos, as primícias da nova comunidade; e, perto de Jesus e dos seus discípulos, está Maria, Mãe providente e orante. Maria participa na alegria do povo comum, e contribui para a aumentar; intercede junto de seu Filho a bem dos esposos e de todos os convidados. E Jesus não rejeitou o pedido de sua Mãe. Quanta esperança há neste acontecimento para todos nós! 
Temos uma Mãe de olhar vigilante e bom, como seu Filho; o coração materno e repleto de misericórdia, como Ele; as mãos que desejam ajudar, como as mãos de Jesus que dividiam o pão para quem tinha fome, que tocavam os doentes e os curavam. Isto enche-nos de confiança, fazendo-nos abrir à graça e à misericórdia de Cristo. A intercessão de Maria faz-nos experimentar a consolação, pela qual o apóstolo Paulo bendiz a Deus: «Bendito seja Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação! Ele nos consola em toda a nossa tribulação, para que também nós possamos consolar aqueles que estão em qualquer tribulação, mediante a consolação que nós mesmos recebemos de Deus. Na verdade, assim como abundam em nós os sofrimentos de Cristo, também, por meio de Cristo, é abundante a nossa consolação» (2 Cor  1, 3-5). Maria é a Mãe «consolada», que consola os seus filhos.
Papa Francisco


Oração

Salve, ó fonte da vida,
Que inundas as almas sedentas de justiça.
Ave, ó cálice
Pelo qual ofereces de beber a todo o mundo
O vinho do Deus vivente.
Ave a Ti, ó Maria,
Que és melhor do que os anjos e foste escolhida por Deus criador.
Ave, ó castelo amplo,
Para o qual veio habitar Cristo, nosso Deus.
Pela sua intercessão, ó Senhor,
Dai-nos a remissão dos nossos pecados.
(Igreja Copta do Egito)


Maria, mãe providente, rogai por nós!

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