quinta-feira, 23 de agosto de 2018

23 de agosto - Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola. Mt 13,46


A Boa-Nova pode parecer simplesmente um modo diferente de dizer Evangelho, como feliz anúncio ou boa notícia. Todavia contém algo que compendia em si tudo o mais: a alegria do Evangelho. Compendia tudo, porque é jubilosa em si mesma.

A Boa-Nova é a pérola preciosa do Evangelho. Não é um objeto; mas uma missão. Bem o sabe quem experimenta a suave e reconfortante alegria de evangelizar.

A Boa-Nova nasce da Unção. A primeira, a grande unção sacerdotal de Jesus, é a que fez o Espírito Santo no seio de Maria.

Naqueles dias, a boa-nova da Anunciação fez a Virgem Mãe cantar o Magnificat, encheu de um sacro silêncio o coração de José, seu esposo, e fez saltar de gozo João no seio de sua mãe Isabel.
Hoje, Jesus regressa a Nazaré e a alegria do Espírito renova a Unção na pequena sinagoga local: o Espírito pousa e espalha-Se sobre Ele, ungindo-O com o óleo da alegria.

A Boa-Nova. Uma única palavra – Evangelho – que, no ato de ser anunciada, se torna verdade jubilosa e misericordiosa.
Que ninguém procure separar estas três graças do Evangelho: a sua Verdade – não negociável –, a sua Misericórdia – incondicional com todos os pecadores – e a sua Alegria – íntima e inclusiva. Verdade, misericórdia e alegria: todas três juntas.

Nunca a verdade da Boa-Nova poderá ser apenas uma verdade abstrata, uma daquelas que não se encarnam plenamente na vida das pessoas, porque se sentem mais confortáveis na palavra escrita dos livros.
Nunca a misericórdia da Boa-Nova poderá ser uma falsa compaixão, que deixa o pecador na sua miséria, não lhe dando a mão para se levantar nem o acompanhando para dar um passo mais no seu compromisso.
Nunca a Boa-Nova poderá ser triste ou neutra, porque é expressão duma alegria inteiramente pessoal: a alegria dum Pai que não quer que se perca nenhum dos seus pequeninos: a alegria de Jesus, ao ver que os pobres são evangelizados e que os pequeninos saem a evangelizar.

As alegrias do Evangelho – uso agora o plural, porque são muitas e variadas, segundo o modo como o Espírito as quer comunicar em cada época, a cada pessoa, em cada cultura particular – são alegrias especiais. Chegam-nos em odres novos, aqueles de que fala o Senhor para expressar a novidade da sua mensagem.

Papa Francisco 13 de abril de 2017

 Hoje celebramos:

Nenhum comentário:

Postar um comentário