segunda-feira, 13 de agosto de 2018

13 de agosto - Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que tu pescares. Ali tu encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti. Mt 17,27


O escândalo é algo negativo, porque fere a vulnerabilidade do povo de Deus, fere a debilidade do povo de Deus, e muitas vezes estas feridas se arrastam por toda a vida. Mais ainda: o escândalo, não só fere, mas é capaz de matar: matar esperanças, ilusões, famílias, tantos corações.

O escândalo é um tema sobre o qual Jesus voltava a falar frequentemente. Por exemplo, depois de uma pregação disse: “Bem-aventurado é aquele que não se escandalizar de mim”. Porque ele tinha cuidado para não escandalizar. E, ainda, quando chegou o momento de pagar os impostos, para não “escandalizar” diz a Pedro: “Vai ao mar, lança o anzol, e ao primeiro peixe que pegares abrirás a boca e encontrarás uma moeda. Toma-o e dá-o por mim e por ti”. Sempre para não escandalizar, Jesus adverte também: Se a tua mão é motivo de escândalo, corta-a. E também, de novo, a Pedro, quando estava diante da cruz, do projeto da cruz, tenta convencê-lo a fim de que escolha outro caminho, sem rodeios diz: “Afasta-te de mim, és de impedimento, és motivo de escândalo”.

Jesus é muito claro nisto. E a nós, a todos dá esta advertência: “Tomai cuidado de vós mesmos!” Porque há o escândalo do povo de Deus, dos cristãos, quando um cristão, afirmando ser cristão, vive como um pagão. Aliás, quantas vezes nas nossa paróquias ouvimos algumas pessoas dizer: “Não, eu não vou à Igreja porque aquele ou aquela, que está todos os dias a beijar as velas ali dentro, sai e fala mal dos outros, semeia o joio...”

E quantos cristãos afastam as pessoas com o seu exemplo, com a sua incoerência: a incoerência dos cristãos é uma da armas mais fáceis que o demônio possui para enfraquecer o povo de Deus e para o afastar do Senhor. Em síntese, é o estilo de dizer uma coisa e fazer outra. Precisamente o que Jesus dizia ao povo sobre os doutores da lei: “Fazei o que vos disseram, mas não fazei o que fazem”. Eis a incoerência.

Podemos nos perguntarmos hoje, cada um de nós: como é a minha coerência de vida? Na minha vida há coerência com o Evangelho, coerência com o Senhor?
Portanto, devemos questionar-nos se devido à nossa incoerência somos motivo de escândalo para os outros.

Papa Francisco – 13 de novembro de 2013

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