segunda-feira, 6 de agosto de 2018

06 de agosto - Beata Maria Francisca de Jesus


A Igreja saúda Irmã Maria Francisca de Jesus fundadora das Capuchinhos Terciárias Irmãs de Loano, ela fez de sua existência um serviço contínuo aos menores, testemunhando o amor especial que Deus tem para os pequenos e humildes.

Seguindo fielmente os passos de Francisco, o amante da pobreza evangélica, ela aprendeu não só a servir os pobres, mas para fez-se pobre e iniciou com suas filhas espirituais esta forma especial de evangelização. Com o crescimento do Instituto, essa intuição inicial tornou-se profundo impulso missionário que levou seu trabalho para a América Latina, onde algumas das suas filhas espirituais selaram com o sacrifício da vida o serviço aos pobres, que é o carisma confiado à vossa Congregação para o benefício de toda a Igreja. Hoje nós a saudamos como a primeira Beata do Uruguai.

Hoje continua o seu testemunho profético da caridade em muitos campos de apostolado em que a Congregação, ajudando a todos, especialmente os que sofrem, fazendo o convite universal a todos os abandonados para participarem do banquete do casamento celestial (cf. Mt 22, 9).

Papa João Paulo II -  10 de outubro de 1993 – Homilia de Beatificação   

Ana Maria Rubatto nasceu no dia 14 de fevereiro de 1844 no centro agrícola de Camagnola, próxima a Turim na Itália. Filha de João Tomas Rubatto e Catarina Pavesio, Ana Maria era a sétima de oito filhos do casal. Seu pai faleceu quando tinha 4 anos e sua mãe encarregou-se de educar os filhos em uma perfeita vitalidade e piedade cristã. A mortalidade infantil da época ainda ceifaria a vida de alguns de seus irmãos. Desde cedo Ana Maria fez voto de castidade.
Com a morte de sua mãe, Ana Maria transferiu-se para a cidade de Turim para a casa de sua irmã mais velha. A jovem tinha dezenove anos e passou a dedicar-se as obras de caridade.
Foi adotada por Marianna Costa Scoffone, uma rica e piedosa senhora que a designou como sua dama de companhia, conselheira e administradora de seus bens. Durante este tempo visitava as obras do Cottolengo de Turim onde podia acolher, cuidar e catequisar os pobres e crianças.

Ao falecer Marianna, a jovem voltou para a casa de sua irmã. Costumava visitar o balneário de Loano, na Riviera da Ligúria onde cuidava dos pescadores doentes e auxiliava suas famílias.
No verão de 1883, ao sair da igreja, ouviu lamentos e prantos. Uma pedra havia caído de uma construção e havia ferido na cabeça um jovenzinho. Ana Maria socorreu o jovem, lavou e tratou a ferida e depois de lhe dar o equivalente a dois dias de trabalho, o enviou para casa para se recuperar.

A construção devia albergar uma comunidade feminina para a qual estavam procurando uma diretora. O padre capuchinho Angélico de Sestri Ponente, que apoiava esta iniciativa, pensou que Ana Maria Rubatto podia ocupar o cargo. E foi ele próprio quem convidou Ana Maria a colocar-se na direção do novo Instituto.

No dia 23 de janeiro de 1885, Ana Maria vestiu o hábito religioso franciscano, junto com algumas amigas, dando vida à família religiosa das Irmãs Terciárias Capuchinhas de Loano, depois chamada Irmãs Capuchinhas de Madre Rubatto, com o fim de prestar assistência aos doentes, especialmente nas casas, e a educação cristã da juventude.

No dia 17 de setembro de 1886 emitiu os votos, ocasião em que adotou o nome de Maria Francisca de Jesus, tornando-se a primeira superiora do Instituto, cargo que manteve até a morte.
Três anos depois, o Instituto estava presente em Gênova-Voltri, Sanremo, Gênova-Centro. Depois de organizar as casas da Itália, iniciou viagens para fundações na América.
Desde 1892, Madre Francisca transpôs sete vezes o Oceano para fundar casas da sua Congregação no Uruguai e na Argentina. Abriu dezoito casas nos vinte anos de seu governo. Durante os oito anos que permaneceu na América, foram incontáveis as viagens do Uruguai a Argentina, e de uma casa a outra.

Em 1899, ela acompanhou um grupo de Irmãs à Missão do Alto Alegre, Maranhão, no Brasil, onde em 1901 morreram assassinadas pelos índios sete de suas filhas, junto com missionários capuchinhos e muitos fiéis. A este fato Madre Maria bradou: “Por que eu não me fiz mártir com minhas filhas?”

Quando se encontrava em Montevidéu adoeceu de câncer, ocasião que para todos foi um exemplo admirável de força católica e de plena resignação. Madre Maria Francisca faleceu, vítima de câncer, em 6 de agosto de 1904 quando estava em Montevidéu.


Nenhum comentário:

Postar um comentário