A Igreja saúda Irmã
Maria Francisca de Jesus fundadora das Capuchinhos Terciárias Irmãs de Loano, ela
fez de sua existência um serviço contínuo aos menores, testemunhando o amor
especial que Deus tem para os pequenos e humildes.
Seguindo fielmente
os passos de Francisco, o amante da pobreza evangélica, ela aprendeu não só a
servir os pobres, mas para fez-se pobre e iniciou com suas filhas espirituais esta
forma especial de evangelização. Com o crescimento do Instituto, essa intuição
inicial tornou-se profundo impulso missionário que levou seu trabalho para a América
Latina, onde algumas das suas filhas espirituais selaram com o sacrifício da
vida o serviço aos pobres, que é o carisma confiado à vossa Congregação para o
benefício de toda a Igreja. Hoje nós a saudamos como a primeira Beata do
Uruguai.
Hoje continua o seu
testemunho profético da caridade em muitos campos de apostolado em que a
Congregação, ajudando a todos, especialmente os que sofrem, fazendo o convite
universal a todos os abandonados para participarem do banquete do casamento
celestial (cf. Mt 22, 9).
Papa
João Paulo II - 10 de outubro de 1993 –
Homilia de Beatificação
Ana Maria Rubatto
nasceu no dia 14 de fevereiro de 1844 no centro agrícola de Camagnola, próxima
a Turim na Itália. Filha de João Tomas Rubatto e Catarina Pavesio, Ana Maria
era a sétima de oito filhos do casal. Seu pai faleceu quando tinha 4 anos e sua
mãe encarregou-se de educar os filhos em uma perfeita vitalidade e piedade
cristã. A mortalidade infantil da época ainda ceifaria a vida de alguns de seus
irmãos. Desde cedo Ana Maria fez voto de castidade.
Com a morte de sua
mãe, Ana Maria transferiu-se para a cidade de Turim para a casa de sua irmã
mais velha. A jovem tinha dezenove anos e passou a dedicar-se as obras de
caridade.
Foi adotada por
Marianna Costa Scoffone, uma rica e piedosa senhora que a designou como sua
dama de companhia, conselheira e administradora de seus bens. Durante este
tempo visitava as obras do Cottolengo de Turim onde podia acolher, cuidar e
catequisar os pobres e crianças.
Ao falecer
Marianna, a jovem voltou para a casa de sua irmã. Costumava visitar o balneário
de Loano, na Riviera da Ligúria onde cuidava dos pescadores doentes e auxiliava
suas famílias.
No verão de 1883,
ao sair da igreja, ouviu lamentos e prantos. Uma pedra havia caído de uma
construção e havia ferido na cabeça um jovenzinho. Ana Maria socorreu o jovem,
lavou e tratou a ferida e depois de lhe dar o equivalente a dois dias de
trabalho, o enviou para casa para se recuperar.
A construção devia
albergar uma comunidade feminina para a qual estavam procurando uma diretora. O
padre capuchinho Angélico de Sestri Ponente, que apoiava esta iniciativa,
pensou que Ana Maria Rubatto podia ocupar o cargo. E foi ele próprio quem
convidou Ana Maria a colocar-se na direção do novo Instituto.
No dia 23 de
janeiro de 1885, Ana Maria vestiu o hábito religioso franciscano, junto com
algumas amigas, dando vida à família religiosa das Irmãs Terciárias Capuchinhas
de Loano, depois chamada Irmãs Capuchinhas de Madre Rubatto, com o fim de
prestar assistência aos doentes, especialmente nas casas, e a educação cristã
da juventude.
No dia 17 de
setembro de 1886 emitiu os votos, ocasião em que adotou o nome de Maria Francisca de Jesus, tornando-se a
primeira superiora do Instituto, cargo que manteve até a morte.
Três anos depois, o
Instituto estava presente em Gênova-Voltri, Sanremo, Gênova-Centro. Depois de
organizar as casas da Itália, iniciou viagens para fundações na América.
Desde 1892, Madre
Francisca transpôs sete vezes o Oceano para fundar casas da sua Congregação no
Uruguai e na Argentina. Abriu dezoito casas nos vinte anos de seu governo.
Durante os oito anos que permaneceu na América, foram incontáveis as viagens do
Uruguai a Argentina, e de uma casa a outra.
Em 1899, ela
acompanhou um grupo de Irmãs à Missão do Alto Alegre, Maranhão, no Brasil, onde
em 1901 morreram assassinadas pelos índios sete de suas filhas, junto com
missionários capuchinhos e muitos fiéis. A este fato Madre Maria bradou: “Por que eu não me fiz mártir com minhas
filhas?”
Quando se
encontrava em Montevidéu adoeceu de câncer, ocasião que para todos foi um
exemplo admirável de força católica e de plena resignação. Madre Maria
Francisca faleceu, vítima de câncer, em 6 de agosto de 1904 quando estava em
Montevidéu.
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