segunda-feira, 13 de agosto de 2018

13 de agosto - São Benildo


Hoje celebramos São Benildo, e podemos nos perguntar: o que de especial fez este Irmão?

Muitos diriam: nada de especial! Não escreveu brilhante obra, nem sofreu martírio, não fundou nenhuma congregação religiosa, tampouco foi enviado a cruzar o Oceano como missionário. Na verdade foi professor, jardineiro, cozinheiro, diretor de escola e de comunidade religiosa. E isto, tantos Irmãos fazem... Mas não foi o que ele fez, foi o modo como fez. Todas as suas atividades estavam envolvidas de profundo zelo, dedicação, amor... Fazia tudo como se fosse a primeira e a última vez e nisto encontrou o caminho para a santidade. Se alguém duvida da validade deste caminho, experimente passar vinte anos na mesma atividade, no mesmo lugar, sem novidades, mas ainda assim doar-se generosa e alegremente, cada dia, até o fim, e no último dia ainda pedir perdão e reconhecer que poderia ter sido melhor.

São Benildo era de Alverne, na França e nasceu no dia 13 de agosto de 1862 e foi batizado com o nome de Pierre Romançon.  

Aos 16 anos, entrou na Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs. Seu noviciado se deu em Clermont, 1820. Pierre recebeu novo nome, agora se chama Benildo, Irmão Benildo. Mais tarde, recordando esta etapa de formação dirá: "Ao entrar no Instituto, compreendi que devia entregar-me todo inteiro a Deus e cumprir em tudo a vontade de meus superiores..."

Por muitos anos foi professor e superior de sua comunidade. Respeitoso, magnânimo, sabia fazer-se respeitar por todos. Era sobretudo um homem de fé. Procurava viver intensamente o Evangelho no cotidiano de sua vida.

Referindo-se à frase da oração do pai-nosso, “o pão de cada dia nos dai hoje”, explicava: Peço para ‘hoje’, o pão de cada dia e a graça de cada dia. O dia de amanhã já terá as suas preocupações (Mateus, 6,34). O nosso pai celeste, que é bom hoje, sê-lo-á também amanhã. Há porventura indícios de que ele se torne mau na noite próxima e pare em seguida de me ouvir?

Por ocasião da proclamação do dogma da Imaculada Concepção, em 1854, estreitou contra o peito a Bula Inefabilis, exclamando: "Sempre acreditei, oh puríssima Virgem Maria, que havíeis sido concebida sem pecado original. Agora, proclamado este glorioso privilégio, estou disposto a defendê-lo, se for preciso, até com a efusão de meu sangue!"

Irmão Benildo nunca possuíra uma saúde vigorosa. Nos últimos anos de sua vida, o reumatismo não lhe permitia mais continuar como professor, ainda assim esforçou-se como pôde para dar o melhor de si, embora já sentisse que não viveria por muito tempo.

Há testemunho de que: No dia da Santíssima Trindade, no ano de 1862, como não podia sair do seu quarto, pediu seu exemplar de nossas Regras para professar a fórmula de renovação dos votos. Quando teve o livro em suas mãos, chorou longamente, e ao Irmão que lhe perguntava o motivo, disse: "Choro porque temo não haver cumprido, nem feito cumprir suficientemente nossa Regra".

No dia 13 de agosto de 1863, chega a hora de despedir-se dos seus, pede perdão a cada coirmão pelas penas e maus exemplos. Do jeito que pode, repete: "Eu me alegrei, quando me disseram: iremos à casa do Senhor!..." Por volta das sete da manhã, aos 57 anos de idade, morre Irmão Benildo.


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