segunda-feira, 20 de agosto de 2018

20 de agosto - O jovem foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. Mt 19,22

A liturgia narra sobre o jovem rico, um episódio que se poderia intitular: O percurso que vai da alegria e da esperança para a tristeza e o fechamento de si mesmo. De fato, aquele jovem queria seguir Jesus, viu-o e correu ao seu encontro, entusiasmado, perguntando-lhe: “Que devo fazer de bom para alcançar a vida eterna?” E, depois do convite a seguir os mandamentos, o Senhor exorta-o: Vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. E o jovem, ficou abatido e foi embora entristecido. Com efeito, possuía muitos bens.
Passou do entusiasmo para a tristeza: Queria seguir Jesus e foi-se embora por outro caminho. O motivo? Estava apegado aos seus bens. Tinha muitos bens. E na balança venceram os bens.

A atitude clara de Jesus diante de tal reação: Disse aos seus discípulos com convicção: “Como é difícil para quem possui riquezas entrar no reino de Deus”. De fato, há um mistério na posse das riquezas. Elas têm a capacidade de seduzir, de nos levar a uma sedução e de nos fazer crer que estamos num paraíso terrestre. Em relação a isto, recordo nos anos setenta quando vi pela primeira vez um bairro fechado, de pessoas ricas; era fechado para se defender dos ladrões, para estarem seguros. Havia também pessoas boas, mas estavam fechados naquela espécie de paraíso terrestre. Isto acontece, quando há um fechamento para defender os bens: perde-se o horizonte. É triste uma vida sem horizontes.

É preciso considerar, que as coisas fechadas se arruínam, entram em corrupção. O apego às riquezas é o início de todos os tipos de corrupção, em toda a parte: corrupção pessoal, nos negócios, até na pequena corrupção comercial, de quantos subtraem um grama no peso justo de uma mercadoria — corrupção política, corrupção na educação... Quantos vivem apegados ao próprio poder, às próprias riquezas, acreditam que estão no paraíso. Estão fechados, não têm horizontes nem esperança. No final terão que deixar tudo.

Papa Francisco – 25 de maio de 2015

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