A partir do Pentecostes os discípulos já não
são homens “sozinhos”. Eles experimentam aquela sinergia especial que os faz
descentralizar de si mesmos e os leva a dizer: “nós e o Espírito Santo” ou “o
Espírito Santo e nós”.
Eles sentem que não podem dizer só “eu”, são
homens descentralizados de si mesmos. Fortalecidos por esta aliança, os
Apóstolos não se deixam intimidar por ninguém. Tiveram uma coragem
impressionante! Pensamos que eram covardes: todos fugiram, fugiram quando Jesus
foi preso. Mas, de covardes, tornaram-se tão corajosos. Por quê?
Porque o Espírito Santo estava com eles. O
mesmo acontece conosco: se tivermos o Espírito Santo em nós, teremos a coragem
de ir em frente, a coragem de superar tantas lutas, não por nós mesmos, mas
pelo Espírito que está em nós.
Não retrocedem na sua marcha de intrépidas
testemunhas de Jesus ressuscitado, como os mártires de todos os tempos,
incluindo o nosso. Os mártires dão a sua vida, não escondem que são cristãos.
Pensemos, há alguns anos — ainda hoje há muitos
— mas pensemos, há quatro anos, naqueles cristãos coptas ortodoxos, verdadeiros
trabalhadores, na praia da Líbia: todos foram degolados. Mas a última palavra
que disseram foi “Jesus, Jesus”. Eles não desbarataram a fé, porque o Espírito
Santo estava com eles. Estes são os mártires de hoje! Os Apóstolos são os
“megafones” do Espírito Santo, enviados pelo Ressuscitado para difundir
prontamente e sem hesitação a Palavra que dá a salvação.
Papa Francisco – 18 de
setembro de 2019
Hoje celebramos:
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